Comecemos pela noticia do dia.. a saída do Lucho. No dia 19 tinha escrito isto "Hoje e ao contrário do que tem sido
hábito gostei muito do 11 inicial, equipa essa que está bem próximo do
que idealizo como o meu "11 ideal". Apenas substituiria o Lucho
(Parabéns Capitão!), pelo Defour ou Herrera porque penso que o argentino
está a precisar de descanso aliado ao facto de precisarmos de um médio
com outro tipo de andamento naquele meio campo.", por isso hoje e apesar de obviamente ter sido apanhado de surpresa, não posso dizer que fiquei chocado. Como o disse anteriormente, penso que o Capitão apesar desse mesmo estatuto, iria perder o seu espaço na equipa ao longo da temporada. Se para o Porto parece-me um bom negócio, 4.5 milhões por um jogador com 33 anos, a 5 meses do fim do contrato, para o Lucho deve ter sido uma proposta irrecusável e segundo se consta, a vontade do jogador teve muito peso da decisão. Como Portista que sou, resta-me desejar toda a sorte do mundo a um jogador que primou sempre pela forma de saber estar dentro e fora de campo e ter a esperança de o ver de regresso ao clube muito em breve.
Relativamente ao jogo, vou usar um chavão muito comum este ano, a maior parte das vezes mal aplicado, mas que hoje faz todo o sentido, foi uma vitória à Porto! Uma primeira parte dentro do estilo do que tem sido a equipa este ano, lenta, previsível e sem ideias. O Marítimo jogou muito organizado, fez pressão alta e foi para o intervalo a ganhar muito justamente. Na segunda parte melhoramos um pouco a atitude, lutamos até ao fim e fomos recompensados por uma vitória justa e plena de raça. Não gostei do exagerado anti-jogo do Maritimo, principalmente por tinha entrado em campo quase sem nada a perder.
Só 2 destaques individuais:
Quaresma, porque para mim foi o melhor em campo, as coisas nem sempre lhe estão a correr bem mas a magia e a a raça estão intactas e isso nota-se jogo após jogo;
Licá, apesar de o considerar um dos jogadores mais fracos do plantel do Porto, senão o mais fraco, passar de titular para a bancada em 2 semanas, parece-me mais uma vez uma péssima gestão de recursos.
Andava a evitar escrever sobre o meu segundo clube de coração, mas depois desta eliminação da Taça da Liga Inglesa sinto-me obrigado a desabafar. É certo que o David não tem culpa das lesões dos 2 melhores jogadores de equipa como são o Rooney e Van Persie, também não tem culpa de alguns erros individuais de alguns jogadores, nomeadamente o de hoje do De Gea, se calhar também não tem culpa dos 4 pênaltis falhados em 5 tentados, mas de uma culpa não se pode descartar.. de ter posto o Manchester United, um dos maiores clubes do mundo a jogar de uma forma medrosa. Hoje em dia os adversários do United pura e simplesmente não temem a grandeza do clube, não o respeitam, não se acanham, não ficam a defender o jogo inteiro. Hoje em dia o United é uma equipa perfeitamente banal, fruto do também banal David. 12 anos de Everton, 12 anos de experiência acumulada, 12 épocas estáveis e sem grandes exigências de nada servem quando se treina um clube como o Manchester United se não vestirmos a camisola do clube.
Depois do 7º lugar na atual Premier League, depois da eliminação da Taça de Inglaterra, e depois da derrota por 2-1 no Stadium Of Light, entrar para a 2ª mão da eliminatória em casa contra o Sunderland desta forma, é um sinal intrínseco de fraqueza. A equipa é mediana, ainda mais mediana é se comparada com o City, Arsenal ou Chelsea, mas não pode jogar contra o atual 19º classificado da Premier League como se estivesse uma ou duas divisões abaixo. A juntar a tudo isto a atual classificação do United não dá direito a competições europeias, direito esse que poderia ser adquirido através da conquista da Taça da Liga (.apesar da final ser contra o Manchester City). Para finalizar, aquela marcação de pênaltis tinha tudo para correr mal e não é preciso tirar um curso para descobrir isso:
Marcou - Fletcher - 29 anos
Falhou - Januzaj - 18 anos
Falhou - Rafael - 23 anos
Falhou - Welbeck - 23 anos
Falhou - Jones - 21 anos
Será que a idade foi uma coincidência?
Hoje e ao contrário do que tem sido hábito gostei muito do 11 inicial, equipa essa que está bem próximo do que idealizo como o meu "11 ideal". Apenas substituiria o Lucho (Parabéns Capitão!), pelo Defour ou Herrera porque penso que o argentino está a precisar de descanso aliado ao facto de precisarmos de um médio com outro tipo de andamento naquele meio campo.
Em relação ao jogo, e para quem vê unicamente o resultado, pode cair no facilitismo de achar que o Porto fez uma exibição extraordinária. Não o fez, muito por culpa própria,porque entrou lento na segunda parte mas também por culpa do adversário dado que este Setúbal foi umas das piores equipas que visitou o Estádio dos Campeões. Se na primeira parte ainda se viu o Setúbal a passar o meio campo e a rematar à baliza, na segunda deu a ideia de querer defender o 2-0 e abdicou completamente do ataque.
Individualmente falando e por muito que custe aos fãs do Licá (acredito que existam alguns), este Quaresma, mesmo pesado, mesmo sem ritmo de jogo, mesmo com um penteado manhoso, vale milhentas vezes mais que o rapaz que veio do Estoril. Gostei muito do Varela que marcou um golo "à Ronaldo", e que para mim foi o melhor em campo, dando a ideia de que a presença do cigano lhe fez bem. Uma palavra também para o Jackson, que mesmo sem fazer um jogo brilhante, lá picou o ponto e para o Carlos Eduardo que marcou um grande golo.
Só um aparte, o primeiro golo é um bom exemplo de como precisávamos de um jogador como o Quaresma para fazer funcionar não só o tridente atacante e dar sentido ao 4-3-3, mas também o meio campo com um único pivot defensivo porque se repararmos, o cruzamento é feito por um extremo (Varela), surge um cruzamento/remate do outro lado do campo pelo outro extremo (Quaresma) para a área fazendo com que para além de estar o avançado (Jackson), que finaliza, ainda estão os 2 médios mais atacantes (Carlos Eduardo e Lucho).
Usando um cliché, foi um jogo com duas partes distintas! A primeira parte com um Porto à Porto - Versão 2013/2014, com poucos destaques positivos. Gostei muito do Quaresma, perdeu algumas bolas mas não tem medo de ter a bola, de ir para cima do adversário e já teve alguns momentos de magia, exemplo disso foi o belo golo de cabeça. A carga de água que caiu e consequente interrupção foi uma bênção porque o jogo estava a ser chatinho. No reinicio da 2ª parte fez-me um bocado de confusão a substituição do Quaresma, não pela substituição em si, mas por ter sido feita naquele momento (jogou 4/5 minutos após o reatamento) e não quando o jogo foi interrompido.
A 2ª parte foi bem melhor, com boas jogadas, belos golos (o 2º é um hino!) e algumas ideias que mais uma vez nos fazem questionar o porquê de não terem surgido mais cedo:
- Porque não apostar mais vezes na dupla Jackson-Ghilas? Pelos vistos entendem-se e bem!
- Será que finalmente o Mister percebeu que o Josué rende mais no meio?
- Custa assim tanto rodar a equipa nestes jogos?
Resumindo, gostei da equipa na 2ª parte mas não me iludo, foi contra o Penafiel, 7º classificado da 2ª Liga..
Hoje vou começar pelo fim, perdemos e perdemos bem contra um Benfica que foi superior em todos os aspectos, um Benfica que jogou "à Porto" contra um Porto que jogou "a Benfica".
Puxando o filme atrás, e começando a falar do que se passou antes do jogo começar, o Estádio da Luz teve uma coreografia espectacular, o minuto de silêncio foi cumprido praticamente sem mácula, apesar da meia dúzia de adeptos que insistem em ter um comportamento vergonhoso nestas alturas.
Um apelo à nação portista.. estarem a culpabilizar o árbitro Soares Dias pela derrota do Porto é "tapar o sol com uma peneira", é não perceber que temos um treinador fraco que neste tipo de jogos vai sempre encolher-se, é não perceber que jogamos um futebol miserável praticamente desde o inicio da época. Não perdemos por causa do árbitro, embora na 2ª parte e depois do penalti não assinalado a favor do Benfica, se tenha descontrolado e perdido completamente a noção do que estava a fazer, sendo exemplo disso é aquela "bola ao solo" que ninguém entendeu.
Não tinha grandes expectativas para este jogo e as poucas que tinha foram se dissipando logo no inicio do jogo depois de ver o 11 inicial e constatar que o Licá fazia parte dele. Não sou treinador, nem o tenciono ser mas acho que já toda a gente percebeu que a equipa está quase sempre mal posicionada em campo, falha inúmeros passes e permite um exagerado numero de ocasiões ao adversário. Onde está a solidez defensiva que sempre foi a nossa grande imagem de marca nos últimos anos? Onde está a pressão alta que não deixava o adversário respirar, quanto mais chegar à nossa baliza? Não está, desapareceu em menos de um ano..
O Fonseca hoje disse "Sobre a classificação, só posso dizer que ainda falta muito. Tenho uma
confiança cega de que na última jornada seremos campeões." Mister, como eu gostava de ter esta confiança mas infelizmente não a tenho e duvido muito que a venha a ter ao longo da época.
Para finalizar, e agora no sossego do meu sofá, admito que jogar contra o Benfica, em casa ou fora, é de longe, muito longe, o jogo que mexe mais comigo, que me deixa mais ansioso, que não me faz pensar em muito mais a não ser o apito inicial do jogo.
