Pragmático QB

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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

FC Porto 4 vs Académica 1 - 28.01.2015 - Taça da Liga

Ganhar sem grandes chatices.

Antes de falar no jogo, é justo falar do menino Paciência. Depois de ver o Domingos jogar e testemunhar com paixão o legado deixado no Porto, chegou a vez do Gonçalo. O fardo e a herança são pesados, já que o pai marcou muito positivamente uma geração, sendo muito provavelmente o 2º melhor avançado português a espalhar magia na invicta, a seguir ao Bi-Bota. O filho Gonçalo, depois de ter percorrido todos os escalões de formação no Porto, chega aos 20 anos à equipa sénior, embora tenha já muita rodagem de Equipa B. Ao 3º jogo oficial, o 1º golo, golo esse que embora feliz, precedeu de uma finta abusiva. A forma como festeja o golo da mesma forma que o pai, fez-me recuar no tempo uns bons 20 anos. Foi o inicio promissor de um avançado que para já demonstra uma técnica acima da média, e que se não poder fazer melhor, pelo menos que faça o mesmo que o velhote.

Foi mais um jogo típico de Taça da Liga, o Porto com um onze alternativo ganha o jogo praticamente em serviços mínimos. Danilo, Tello e Jackson foram os jogadores da equipa base a alinhar de incio e sinceramente não percebo o porquê dos 2 primeiros terem jogado os 90 minutos e também não percebo o porquê das substituições, mas adiante, o Mister saberá isso bem melhor do que eu. O Porto marcou cedo, o que nestes jogos contra comboios à frente da baliza, é fundamental - Ricardo pressionou o central, que tenta fazer um bonito mas é "comido" por Jackson que inaugura o marcador - estava feito o mais dificil. A Académica mesmo depois de sofrer o golo, não abdicou do "muro de Coimbra", que ia desde o inicio da sua grande área até ao inicio do grande circulo, o que obrigou o Porto a muita troca de bola no meio campo estudante.  A 2ª parte foi bem mais interessante, a Académica saiu do buraco e permitiu ao Porto ser mais objectivo, ganhar cantos atrás de cantos até Jackson chegar ao seu 2º de uma forma "Ibrahimoviciana". O jogo estava praticamente decidido, embora a Académica ainda tivesse reduzido através de um dos raros contra-ataques bem sucedidos, golo que voltou a despertar o Porto rumo a mais 2 golos. Vitória justa, sem espinhas, apuramento para as meias-finais da prova garantido.


Jackson - O Melhor em campo. Muito trabalho, belos pormenores e mais 2 golos, o 2º dos quais a fazer lembrar Ibrahimovic. Tornou-se no melhor marcador do Dragão com 45 golos,  alguns dos quais criminosos como este. Sem margem para dúvidas, um dos enormes avançados que aterrou na Invicta.

Rúben Neves - Neste momento só não é titular talvez pela sua menor capacidade fisica em comparação com Casemiro. A bola nos seus pés é sempre acariciada, nunca espancada. Ontem foi tipo relógio suiço, sem falhas.

Ángel - Nas aparições anteriores tinha revelado boa capacidade atacante, ontem demonstrou excelente qualidade técnica. Cada vez mais uma excelente alternativa a Alex Sandro.

Gonçalo Paciência -  Um golo, 1 pénalti sofrido. A sua estreia a jogar em casa não podia ter corrido melhor. É alto, é lutador, tem técnica, é goleador, é Português e é nosso. 

Evandro -  A marcar pénaltis é qualquer coisa de extraordinário, ontem foi mais um batido de forma pornográfica.

Quintero - O menino anda amuado, não sei se por andar a jogar muito no banco ou no lado esquerdo mas ontem provou que a jogar no meio é um mimo. A sua entrada mexeu com o jogo e do seu pé canhoto sairam 3/4 passes a colocar os colegas na "cara do golo".

Lances de bola parada - Muitos jogos depois, 1 golo de canto. Aleluia.


Danilo -  A capacidade fisica do costume mas um número de passes errados invulgar. Pareceu-me algo desconcentrado.

Tello - Esteve muito em jogo, apareceu sucessivamente em zonas de finalização mas não pode falhar tantos golos na grande área.

Ricardo a Extremo, Ricardo a Defesa - Lopetegui, decide-te, caso contrário, teremos um jogador que nem carne nem peixe. Ontem fiquei com a ideia que a sua tentativa de adaptação a defesa direito, fez com que já perdesse algumas rotinas de extremo.








segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Maritimo 1 vs FC Porto 0 - 25.01.2015 - Liga Portuguesa


Na ausência de Capela, houve Gallo.

Há um facto que não deixa duvidas a nenhum Portista, nem mesmo ao mais distraído, jogar na Madeira é, como se diz no Norte do País, fodido. A história diz-nos que a contar para a Liga Portuguesa, o Porto em 35 confrontos nos Barreiros, ganhou 17, ou seja, somente 50% dos jogos. Se juntarmos a isto o facto de terem sido violados a semana passada às mãos do Benfas num jogo onde tiveram uma intensidade quase nula e uma conferência de imprensa de antevisão onde Leonel Pontes "prometeu" um Marítimo muito mais agressivo, podíamos facilmente deduzir que teríamos uma batalha muito difícil de travar.

Perdemos por culpa própria, ponto. Ontem na Madeira não houve Machado mas houve Capela e só o mais maldoso dos portistas é que poderá atribuir a responsabilidade a outro factor que não seja o jogo fraco que fizemos. Depois da epopeia que foi o jogo em Braga, previa-se um jogo nos mesmos moldes, um Porto a deixar tudo em campo desde o inicio, na procura do único resultado que nos interessava, a vitória. Puro engano, o Porto entrou lento, foi "tenrinho" e deixou que a equipa do Marítimo que, ferida no seu orgulho, fez um jogo pragmático, agressivo e condizente com as poucas armas que tem. 3 remates contra 21 do Porto, 2 cantos contra 10, 35% de posse de bola contra 65%, se estatísticas ganhassem jogos, ontem tínhamos goleado. Infelizmente para o Porto, melhores números não marcam golos e este ano a falta de eficácia já nos custou mais de uma dezena de pontos. Ontem cedo percebemos que poderíamos ficar a noite toda a rematar à baliza de Salin, que não iríamos marcar um único golo.

Depois do jogo de ontem, fica a sensação amarga do adeus a mais um campeonato. Embora seja o "campeonato do colinho", nós não fizemos o nosso trabalho. É preciso ganhar sempre, mesmo quando os jogos não correm bem, mesmo quando existe uma notória desinspiração geral da equipa, como foi o caso de ontem. Resta-nos fazer um resto de campeonato responsável e condizente com a grandiosidade de clube e esperar que o milagre da perda de pontos aconteça para os lados de Carnide.







Óliver - Óliver, Óliver, sempre Óliver. O jogador de 20 anos tem sido praticamente sempre um dos melhores da equipa semana após semana. Ontem foi não só o mais esclarecido dos médios mas de toda a equipa. Para mim foi o melhor do Porto por tudo o que faz ou tenta fazer em campo.

Quaresma - Bom jogo. Esteve em quase todos os lances perigosos do equipa. Do lado esquerdo ou direito, foi dos que mais desequilibrou através das suas fintas ou cruzamentos.

Jackson -  Jogou bem mas muito recuado e isso fez com que não aparecesse nas zonas de finalização e terminasse o jogo sem remates. Lutou muito.






Casemiro -  Não foi o trinco que o Porto precisava. O facto de ter chegado atrasado no lance do golo foi só mais uma situação negativa para o brasileiro. Recuou para central a meio da 2ª parte numa altura em que o Porto arriscou tudo.

Indi - Um dos jogos mais fracos desde que aterrou na Invicta. Falhou um golo escandaloso já dentro da pequena área.

Tello - Fez uma boa 2ª parte onde criou alguns desequilíbrios no corredor esquerdo mas mais uma vez teve uma perdida flagrante na "cara do golo" e já são muitas esta época.

Bolas paradas -  10 cantos, dezenas de livres à entrada da área, 0 golos. Esta tem sido a sina do Porto este ano.








quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Braga 1 vs FC Porto 1 - 21.01.2015 - Taça da Liga


O Machado era grande, mas a raça foi maior.

Um jogo que se previa tenso, disputado e equilibrado entre duas equipas, que embora fizessem muitas alterações naquelas que são as suas equipas base, tinham grandes expectativas de vitória. Mas, infelizmente o protagonista máximo da Pedreira desta vez não foi Jackson, Óliver, Quaresma, Éder, Rafa ou Pardo, foi sim o senhor Cosme Machado, que para além do seu nome sui generis, optou por uma postura "sui horribilis". Não querendo pormenorizar em demasia a actuação do árbitro, porque não é esse o meu modus operandi, é justo dizer que no jogo de ontem, a arbitragem revelou falta de zelo, falta de bom senso, falta de critério e principalmente, uma tremenda falta de categoria e qualidade. Foi um filme digno do David Lynch.

Tal como tinha escrito, era um jogo que se previa equilibrado, tal como historicamente têm sido todos os jogos entre Braga e Porto, mas que se tornou desequilibrado fruto das 2 expulsões ainda na 1ª parte. O Braga entrou muito bem no jogo, era a equipa que jogava em casa e devido à sua situação no grupo, era também a equipa a quem a vitória interessava mais. A equipa do Minho foi pressionante desde o 1º minuto e não deixou o Porto construir o seu habitual estilo de jogo. Tal como o jogo contra o União da Madeira, o Porto repetiu o meio-campo e mais uma vez os 3 médios acabaram por ocupar os mesmos terrenos e não permitiram à equipa fazer a transição defesa-ataque de uma forma mais fluída. O Braga aproveitou-se disso mesmo e foi sempre melhor durante a 1ª parte, tendo o Porto marcado na única situação onde se aproximou da baliza do Kritciuk. As expulsões aos 34 minutos (Reyes) e 43 minutos (Evandro) mataram o equilibrio do jogo mas não o Porto, que revelou uma raça e espírito de sacrifício a roçar o heróico. O intervalo unicamente serviu para Lopetegui preparar a equipa da melhor forma para enfrentar 50 minutos com 9 jogadores e a verdade é que a equipa demonstrou em campo uma atitude e união como não se via há muito tempo. Com uma posse de bola de 37%, de longe a mais baixa desta época, e um sistema que era uma espécie de 4-2-2 ou 4-4, o jogo acabou justamente empatado, não pelo equilibrio nas oportunidades de golo, mas pela forma épica como os 9 guerreiros da Invicta protegeram a baliza do Hélton.

Existe um clichê que diz "perdemos o jogo mas ganhamos uma equipa". Neste caso não perdemos, empatamos, mas a forma como a equipa fez a 2ª parte plena de raça, querer, espírito de sacrifício e união deixa-me a mim, adepto portista, cheio de orgulho. Apesar de ser um jogo para a Taça da Liga, competição que desprezamos desde a sua criação, tivemos um cheirinho do que é a mística portista, o jogador "à Porto", o colectivo acima de toda e qualquer individualidade. O clube, a equipa e os adeptos saíram ontem da Pedreira com a sensação do dever plenamente cumprido e com a ideia que neste Porto de Lopetegui todos contam, todos são importantes, todos terão a sua oportunidade. Ver o Rúben jogar a 2ª parte a coxear, o Campaña com câimbras, o Tello sempre a fazer piscinas, o Indi a festejar um corte para canto como se de um golo se tratasse e o Hélton a chorar no final do jogo, é para mim não só um motivo de grande satisfação, mas principalmente de grande orgulho. O que vimos ontem, É SER PORTO.







Claques - Tantas e tantas vezes relegamos a claque para um plano secundário e envergonhamos-nos por atitudes que em nada dignificam a grandiosidade do maior clube português. As palavras desta vez só podem ser elogiosas, porque o que se viu e ouviu ontem em Braga merece todo e qualquer destaque. Sempre a cantar, sempre a apoiar, isto sim são os adeptos portistas. Nos primeiros 15 minutos só se ouvia a claque do Porto. Lindo.

Lopetegui - Justiça lhe seja feita, se existe este espírito no grupo, grande parte da "culpa" é do seu treinador. Teve grande mérito na forma como montou a estratégia para a 2ª parte, e excelente substituição ao mandar o guerreiro Herrera para dentro do ringue.

Organização da Equipa - É óbvio que o Porto sofreu na 2ª parte, não se esperava outra coisa, mas não foi um sufoco, não vi o Braga a encostar o Porto às cordas e a criar situações claras de golo em catadupa. A equipa teve uma enorme organização, defendia com 8 homens à volta da sua grande área e lançava os 2 ciclistas Tello e Herrera para a frente sempre que possível, conseguindo duas excelentes oportunidades de golo por Tello e Campaña. 

Hélton - O Capitão voltou e fê-lo em grande. Um punhado de boas defesas, aliadas à habitual segurança e tranquilidade em campo fazem do brasileiro o melhor em campo. Destaco também a forma subtil que perdia tempo em cada lance que tinha a bola, sempre com aquele sorriso manhoso de quem leva muitos anos disto. Viu o amarelo aos 90 minutos, depois de passar toda a 2ª parte a "enconar". Um regresso em grande e um final de jogo em que se emocionou muito por culpa dos 9 meses de paragem. É o Capitão, é um líder e é sem espinhas, o dono da baliza portista.

Rúben Neves - O mais esclarecido dos portistas. Fez metade do jogo claramente inferiorizado, mas nunca perdeu o sentido de jogo, a capacidade de passe e o posicionamento defensivo. Um grande jogo do "experiente" menino de 17 anos.

Evandro - Nota de destaque para a forma quase obscena com o brasileiro marca os penáltis. Uma eficácia tremenda num ponto muito sensível da equipa. Se copiarem a regra do Andebol onde um jogador pode entrar unicamente para marcar ou defender penáltis, eu assino por baixo.

Herrera - Excelente entrada em jogo. Tinha a missão de fechar o lado esquerdo portista e ser o responsável por lançar o Tello às feras e fê-lo religiosamente. 

Ángel - A cada jogo que passa fico mais fã deste moço. Jogo muito competente. A possível venda do Alex Sandro deixou de me tirar o sono.







Tello - Mais do mesmo. É um jogador com uma velocidade e técnica invejáveis mas a forma como define 99% dos lances fazem dele quase sempre um problema e não uma solução. Podia ter dado a vitória e ter elevado o heroísmo da equipa para outro nível, num lance em que se vê isolado e remata fraco.

Lesões - Aderlan e Ádrian saíram nos primeiros 10 minutos e foi mais um factor para desvirtuar o jogo. No caso de Ádrian, aconselho uma ida à bruxa porque tudo parece acontecer ao espanhol.

Cosme Machado - O "Howard Webb" português é fraco, não há duvidas, mas ontem foi exacerbadamente mau. Julgou mal uma série de lances, teve dualidade de critérios, ou seja, esteve ao seu nível. A importância do jogo não era muita, mas o estatuto das equipas merecia uma arbitragem bem mais competente. Temo que tenha sido um aquecimento para o jogo na Madeira, desta vez com o nosso "amado" João Capela.











domingo, 18 de janeiro de 2015

Penafiel 1 vs FC Porto 3 - 17.01.2015



Arregaçar as mangas e pegar nos Caterpillars.

Antes do jogo começar no 25 de Abril em Penafiel, o historial de confrontos entre estas 2 equipas resumiam-se a 26 jogos, com 21 vitórias do Porto e 5 empates. Nunca o Porto tinha perdido com a equipa de Rui Quinta, o que fazia deste jogo, uma batalha teóricamente acessível. Puro engano, porque apesar do 1º golo ter aparecido relativamente cedo e o 2º não ter demorado muito, o jogo foi tudo menos fácil, havendo um período de grande dificuldade que coincidiu com o inicio da 2ª parte.

Foi um jogo muito complicado, daqueles que o único objectivo é ganhar seja de que forma for, com mais, menos ou nenhuma "nota artística". Num campo muito dificil de praticar um futebol vistoso, o Porto foi pragmático, marcou em alturas fundamentais e ganhou um jogo de forma justa, que se adivinhava acessível mas que foi tremendamente trabalhoso, duro e problemático. Ficou provado que temos uma equipa multifacetada, que no seu dia-a-dia vai para o trabalho de fato, camisa e gravata mas que sempre que é necessário não tem qualquer tipo de problemas em vestir o fato-macaco e pôr a "mão na merda".

O Porto, muito por culpa do estado do terreno, não teve aquela entrada fulgurante que se previa. Foi expectante, esperou para ver o que o Penafiel fazia e o que o jogo lhe ia dando e cedo percebeu que o futebol rendilhado que, com sucesso, tem praticado nesta fase da época poderia não resultar num lamaçal como o que se viu em Penafiel. Começou a jogar de forma simples, a fazer algumas trocas de flanco sempre com a bola no ar e chegou finalmente e naturalmente ao golo num belo passe de Jackson para Casemiro que rematou inteligentemente por cima do guarda-redes Tiago Rocha, obrigando Herrera a confirmar em cima da linha. Estava feito o mais difícil, ainda por cima quando o 2º golo chegou 4 minutos depois e a vantagem ao intervalo, embora fosse boa, não era decisiva. A história da 2ª parte é bem diferente, o Penafiel entra forte, marca logo aos 50 minutos e cria alguma instabilidade no jogo e principalmente na equipa do Porto que fica algo desorientada. O nosso Mister não perde tempo, faz entrar Marcano para o lugar de Quaresma e consegue com isto estancar a ferida aberta com o golo do ex-Portista Rabiola. Coincidência ou talvez não, o jogo acalmou a partir daí, ficando sentenciado com novo golo do Porto, o 6º de Óliver no campeonato.







Jackson - Apesar do criminoso jogo do Óliver, sou obrigado a eleger o colombiano como o melhor em campo. Que grande jogo que o nº 9 fez, atacou, defendeu, levou porrada, teve pormenores deliciosos e está nos 3 golos da equipa. Faz um passe decisivo para o Casemiro no 1º golo, marca o 2º a passe de Óliver e depois de uma jogada brilhante em que tira 2 adversários do caminho, faz o cruzamento donde resulta o 3º do Porto. Nenhum portista no seu juízo perfeito, poderá pedir mais ao Cha Cha Cha do que o que fez ontem.

Óliver - Não fosse o Jackson ter intervenção directa nos 3 golos do Porto e seria o espanhol o MVP da partida. É o jogador do plantel do Porto que melhor personifica a "muitifacetagem" desta equipa. O pequeno grande jogador é capaz de tudo numa partida de futebol, para ele é igual estar em frente ao computador, ou descer à fábrica e pôr as mãos nas máquinas. Mais um jogo em que alternou finta e técnica com suor e trabalho.

Herrera - Um trabalho menos visível que o colega de sector mas igualmente eficaz, Óliver e Herrera fazem um dupla que se complementa na perfeição. O mexicano trabalhou, tem a técnica suficiente para desequilibrar e também marca. Um dos que melhor se adaptou ao terreno de jogo.

Marcano - Bela entrada em campo. Varreu todas as jogadas e dificuldades que lhe foram aparecendo pela frente e foi a partir da sua entrada que o Porto conseguir congelar o jogo.







Quaresma - Muita vontade, muita corrida, muita tentativa de cruzamento mas pouca objectividade. O 7 desta vez não foi decisivo para a vitória mas só entendo o facto de ter sido substituído em vez do Tello por uma questão física.

Tello - O velocista espanhol tem medo de jogar à bola. Ponto. Esquivou-se a todos os choques e bolas divididas. Se com tapetes bem tratados consegue ser inconsequente na maioria das vezes, no pantanal de ontem conseguiu fazer muito pouco, que só a boa jogada aos 82 minutos, não o impediu de ser uma nulidade completa.








terça-feira, 13 de janeiro de 2015

FC Porto 3 vs União da Madeira 1 - 13.01.2015 - Taça da Liga

Jogar o suficiente para ganhar.

Em primeiro lugar é obrigatório sublinhar o regresso do nosso capitão Hélton. É um jogador fundamental, não só como homem, presença, líder de balneário mas também como o sendo o nosso principal guarda-redes. Andrés Fernandez, Fabiano e Ricardo são 3 bons protectores da baliza portista mas juntos não são um Hélton. Depois de ter marcado presença no banco no jogo contra o Rio Ave para a Taça da Liga, hoje foi titular e a baliza voltou a estar abençoada 10 meses depois.

O Porto fez subir ao relvado do Dragão um 11 sem um único titular, facto que me apraz destacar. Ivo Rodrigues, o extremo que tem dado nas vistas na Equipa B foi chamado para a convocatória, assim como o Gonçalo Paciência mas só o primeiro foi titular. Com uma mistura de segundas linhas e equipa B, esta é a meu ver, a melhor forma de encarar esta competição e espero que o plano seja mantido até ao último jogo em que estejamos envolvidos nesta prova. 

Foi mais um jogo em que o Porto jogou o suficiente para ganhar, conduziu os ataques a uma velocidade moderada, não dando grandes abébias ao União da Madeira. Verdade seja dita e apesar da equipa insular só ter criado perigo num par de situações, foi bem mais perigosa do que o Belenenses. Uma equipa nova provoca sempre alterações na forma de jogar e hoje isso foi mais que patente, houve alguma falta de rotina entre sectores com o meio campo portista a emperrar muito o jogo, faltando as cavalgadas do Herrera e o futebol minucioso do Óliver. Apesar do nosso maior pendor atacante, o 1º lance de real perigo só chega através de Ivo Rodrigues que não consegue encostar uma bola cruzada pelo Quintero. Seja como for, fica para a história mais uma vitória justa, a 5ª após a "hecatombe" do jogo contra o nosso maior rival.







Quintero - O melhor em campo. Teve uma primeira parte fulgurante, do melhor que se viu esta época, apesar de ter feito todo o jogo de "beiças". Fez-me lembrar em muitos lances, o nosso saudoso El Bandido, na forma como conseguia fugir da linha para dentro para rematar ou fazer um passe para as costas da defesa. Marcou um bom golo e esteve muito perto de bisar num livre directo superiormente executado. Anda nitidamente amuado mas só se pode culpar a si mesmo.

Quaresma -  As suas entradas em campo vindo do banco nunca deixam o jogo indiferente. É um jogador de muita alma e hoje voltou a entrar bem em campo, apesar de algumas jogadas inconsequentes. Marcou o 2º golo da partida (sou da opinião que o golo deveria ser-lhe creditado a ele e não ser considerado um auto-golo) e é ele que sofre a falta permitindo ao Evandro marcar o pénalti.

Adrián - Cada vez mais me faz lembrar o Mariano González. É um jogador esforçado mas as coisas teimam em não lhe sair bem. Talvez um golo lhe faça bem, talvez uma boa psicóloga, talvez uma boa francesinha. Não sei como esta história irá acabar mas a verdade que que o espanhol tem ar de bom moço, apesar de jogar como se carregasse o peso do mundo nos ombros. Apesar de tudo, hoje dou-lhe nota positiva.

Hélton - Bem-vindo. O capitão voltou e voltou com ele mais segurança na baliza. Foram 10 longos meses e por muito que simpatize com o Fabiano, o Hélton é o dono da baliza. Hoje e apesar de não ter tido muito trabalho, sofreu um golo e viu uma bola bater no poste com estrondo.







Ivo Rodrigues - O menino bem tentou mas a verdade é que as coisas não lhe saíram nada bem. Tentou mostrar serviço mas acusou muito o peso da titularidade. Podia ter marcado na primeira parte mas não conseguiu encostar um excelente passe do Quintero. Fica no entanto a expectativa de o ver mais vezes nestas andanças, já que tem feito uma excelente 2ª Liga.

Rúben Neves, Evandro e Campanã - O facto de terem jogado lado a lado no meio campo em muitas ocasiões anulou-os. Não houve um verdadeiro 6, 8 ou 10 e isso fez com que aquele meio campo emperrasse e o futebol fosse muito mastigado.