Foi uma semana estranhíssima. Primeiro a Champions, enorme expectativa, devido ao nosso bom momento, mas também do facto do Liverpool, embora seja um grande europeu, não poder ser considerado um “bicho papão”. Aconteceu uma tragédia, a enorme expectativa foi rapidamente trocada por uma enorme desilusão, fruto de um jogo paupérrimo do maior clube do mundo, que se reflectiu na exibição e consequentemente, no resultado e na eliminatória. Foi a primeira manita da semana, 5 golos sem resposta, que se tornaram na mais humilhante derrota do maior clube do mundo, em casa nas competições europeias. Doeu, levamos “tanga” dos amigos e colegas rivais durante o dia, mas rapidamente passou porque outras batalhas se aproximavam. Não sei se o pensamento é generalizado no seio da nação portista mas muito sinceramente e por muita azia que tenha causado, prefiro um amasso “à cara podre” na Champions com o Liverpool do que o um empate com aquela “equipa que não se pode dizer o nome” e que equipa de “red”.
Adiante. Nunca fui jogador profissional mas sempre ouvi
dizer que a seguir a uma derrota, os jogadores querem que o próximo jogo chegue
o mais rápido possível. O Rio Ave era o próximo adversário, uma equipa que joga
muito à bola, treinada pelo Spalletti Português, que para além de bom falador,
percebe de bola. A equipa de Vila do Conde tem tiques de equipa grande, o que
acabou por facilitar e favorecer o Porto, que foi traduzindo em golos a boa
capacidade que tem de jogar contra equipas que não jogam “ao ataque,
fechadinhas lá atrás”. Foi assim que aconteceu no espaço de 4 dias, chapa 5
recebida, chapa 5 oferecida. Se duvidas havia acerca de uma possível quebra em
termos emocionais com a coça imposta pelo Liverpool, foram dissipadas com a
trepa espetada ao Rio Ave.
A 3ª e última manita
da semana, traduz-se na distância para os nossos mais directos adversários,
depois da categórica remontada no
estádio da bancada gelatinosa. Podia ser demasiada confiança, mas tinha a
certeza que o maior do mundo ia ganhar o jogo. Sentia que o nosso Mister iria
preparar estes 45 minutos como se a vida dele e dos jogadores, dependesse deste
resultado. O Porto entrou para matar e em 20 minutos matou o Estoril. Pressão,
garra, sangue, suor e lágrimas, foram ingredientes cozinhados que resultaram
num prato cheio e delicioso. Que grande exibição do nosso Porto. 2 pontos à
frente são bons, mas 5 são bem melhores. Uma almofada de 5 pontos permite uma
escorregadela sem que isso se traduza na perda do primeiro lugar. Não é
Pikolin, mas é uma almofada confortável.
PS: Como acho que nós Portistas nos devemos diferenciar dos demais, não tenho qualquer tipo de problema em constatar que o primeiro golo deveria ter sido anulado por fora-de-jogo do Tiquinho, que tem forte influência no lance. O jogo dava a ideia de cair para o nosso lado com mais ou menos dificuldade, mas é um lance que mancha o jogo.
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