Começo por dizer que foi um grande jogo, daqueles com todos os ingredientes de clássico. Arbitragem e lances polémicos, grande ambiente no estádio, todos os lances disputados no limite, muitos amarelos avermelhados, grandes jogadas e muitas oportunidades de golo. Foi um jogo cheio durante os 90 minutos, embora com duas partes distintas, a equipa de Alvalade fortíssima na 1ª parte e o conjunto que viajou da Invicta a equilibrar forças no segundo tempo.
Tal como se esperava, o Sporting entrou em campo disposto a provar que é uma grande equipa e que, tal como diz o seu Presidente, são candidatos ao titulo nacional. A verdade é que a equipa da casa começou o jogo a todo gaz conseguindo marcar um golo meio aos "trambolhões" logo no 2º minuto da partida. Foi um "soco" forte na equipa do Porto que abanou de cima a baixo, ficando encostada às cordas durante pelo menos 20 minutos. O Sporting nesse período poderia ter ampliado a vantagem em 2 ocasiões, através de 2 remates do médio João Mário, a 1ª numa cabeçada junto ao poste e a 2ª num bom remate de fora da área que o Fabiano defende para canto. O Porto com alguma dificuldade conseguiu equilibrar os pratos da balança, continuando a não criar perigo junto da baliza de Patrício mas pelo menos conseguindo estancar o vendaval ofensivo dos leões.
O "chá" dado ao intervalo pelo Mister Lopetegui, aliado a 2 excelentes substituições, fizeram milagres. A equipa subiu ao relvado com outra alma, outra disposição em campo, e acabou naturalmente por tomar conta do jogo. Óliver e Tello deram outro critério à posse de bola, coisa que não tinha acontecido com Quaresma e Rúben. O Porto consegue ter bola, fazer o jogo que mais gosta e as oportunidades de golo começam a surgir com Jackson a desperdiçar um golo feito na cara de Patrício. O empate chega através de um auto-golo infeliz do Sarr, numa fase de pressão do Porto. O jogo ficou partido a partir do empate, qualquer uma das equipas poderia ter marcado, primeiro o Sporting através de um míssil do espanhol Capel à barra, e depois o Porto num remate fabuloso do Herrera com uma defesa ainda melhor de Patrício, e já no final numa jogada de Tello que remata a tirar tinta do poste, quando a melhor opção talvez fosse cruzar para o Brahimi sozinho na área. O resultado pode ser encarado como justo, embora tenha ficado com a ideia que Porto poderia ter marcado em mais que uma ocasião o golo da vitória na 2ª parte.
O melhor em campo foi o Patrício, muito à custa de 2 enormes defesas (cá em casa gritou-se golo em ambas) a negar golos feitos a Jackson e Herrera, esta ultima a ser para mim, o melhor momento da partida. Do lado do Porto gostei muito do Jackson pela total entrega ao jogo, e do Herrera, um jogador do qual sou claramente fã. Não gostei do Rúben, foi demasiado tenrinho nos 45 minutos em que jogou, numa 1ª parte em que se pedia muito nervo. Também não gostei do Quaresma, pouco em jogo, sem conseguir desequilíbrios, e com uma entrada duríssima sobre o Nani que lhe valeu "apenas" o amarelo. Parece-me que o 7 portista perdeu claramente o comboio da titularidade, não por culpa do treinador mas por culpa própria. Em relação ao Rúben Neves, é certo que temos no Dragão um possível Moutinho, mas também é certo que é nestes jogos a doer, que se nota mais a sua inexperiência e o facto de que talvez a sua titularidade neste tipo de batalhas seja algo precipitada.
Para finalizar, deixo aqui um excelente artigo de opinião retirado do http://otribunaldodragao.blogspot.pt/ acerca do nosso treinador Lopetegui e a sua dificil tarefa no Reino do Dragão:
http://otribunaldodragao.blogspot.pt/2014/09/a-obrigacao-de-ganhar-em-alvalade.html
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