A partida de futebol de ontem apesar de ter sido muito boa, será sempre um jogo em que faz todo o sentido usar o chavão "resultado melhor que a exibição". É sabido que jogos antes e depois das competições europeias são sempre complicados por variados motivos e o de ontem não fugiu nada a essa regra. Se ainda por cima juntarmos a esse factor um Braga claramente motivado e capacitado que poderia ganhar no Dragão, temos os ingredientes fundamentais para uma batalha renhidíssima. O Porto tinha empatado os 4 ultimos jogos, 3 deles para o campeonato, o que fazia com que a vitória neste jogo fosse obrigatória para evitar possiveis fantasmas de um triste passado recente.
A primeira parte foi equilibrada desde o 1º minuto e o resultado ao intervalo fazia todo o sentido embora pudessem ter havido mais golos em qualquer uma das balizas. O Braga veio ao Dragão jogar com mentalidade de clube grande muito à custa do seu treinador, que consegue incutir nas suas equipas aquela garra que era uma das suas principais virtudes como jogador de futebol. A equipa minhota num deu um minuto de descanso à defesa portista muito à custa do seu tridente atacante Rafa - Zé Luis - Pardo, que além de serem jogadores tecnicamente evoluídos, não paravam um segundo quietos. Danilo, um jogador que desconhecia, foi o trinco que varria toda a zona defensiva com mestria e permitia à bem oleada dupla Micael - Tiba lançar perigosos contra-ataques. O meio campo do Porto teve muitas dificuldades em segurar o poder de fogo do Braga até porque o novamente titular Marcano praticamente não ajudava nas tarefas ofensivas.
A segunda parte exigia mudanças, mais uma vez o Lopetegui não quis "engonhar" e deixou no balneário Marcano e o apagado Herrera, fazendo entrar Rúben Neves e Quintero. Estas 2 mudanças vieram-se a revelar acertadas porque permitiram ao Porto ter outro critério mal recuperava a posse de bola, o Rúben não se limitava a defender tal como Marcano e era o primeiro a conduzir o ataque e Quintero definia quase sempre bem as jogadas a jogar na posição 10 onde se sente como peixe na água. As jogadas de perigo foram-se sucedendo e o golo não tardou surgindo pelo menino colombiano depois de uma bela jogada de Brahimi. A partir daí o jogo ficou partido, o que só beneficia jogadores como o Tello que foi uma constante seta apontada à baliza bracarense. Poderia ter havido mais golos nas 2 balizas mas o 2-1 não se desfez, acabando o jogo com uma vitória dificílima mas justa para o Porto.
Mais o uma vez o espanhol mostrou ser uma treinador extremamente activo no banco e na forma como lê o jogo não tendo qualquer problema em substituir jogadores ao intervalo quando as coisas não correm bem. Acertou nas mudanças contra o Shakhtar e voltou a acertar contra o Braga, já que nos 2 jogos o Quintero revelou-se fundamental a partir do momento que entrou, quiçá a espreitar a titularidade nos próximos jogos.
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