Pragmático QB

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domingo, 13 de setembro de 2015

Arouca 1 vs FC Porto 3 - 12.09.2015 - Liga Portuguesa


Vitória à boleia de Corona.

O Arouca tem sido um adversário simpático desde que chegou ao 1º escalão do futebol nacional. Antes do jogo de ontem, foram 4 jogos com 4 vitórias do Porto e como se viu, a saga continua. São agora 5 jogos, 5 vitórias, 3 delas no Municipal de Arouca com 11 golos marcados e 2 sofridos. Depois da goleada imposta pelo Benfas ao Benfas B, era fundamental ganhar categoricamente antes de recebermos o nosso maior rival na próxima jornada.

O Porto fez muitas mexidas na equipa, embora tenha repetido o 4-2-3-1 com que brindou o Estoril na jornada anterior. Imbula e o Rúben faziam o duplo pivôt de meio campo e o André x2 jogava numa espécie de 10. Brahimi e a entrada directa no onze de Corona, preenchiam as alas. É um sistema que o malogrado Paulo Fonseca espremeu até ao tutano sem nunca ter tido o sucesso que teve na capital do móvel. Os artistas eram outros e havia um trinco puro, jogador que neste momento não existe no plantel portista, o que permite ao Lopetegui usar este modelo táctico sem quebras na equipa. Layun foi titular e Cissokho ficou na bancada, está visto que o francês vai ter muita dificuldade para calçar esta época.

O Porto tomou conta do jogo desde o apito inicial do Capela, e as oportunidades de golo foram surgindo naturalmente, mais ou menos flagrantes. André e Aboubakar por 2 vezes tentaram mas foi o nosso El Tecatito a inaugurar o marcador e finalizar uma brilhante jogada iniciada no Rúben e com o calcanhar do Aboubakar como protagonista máximo. Estava feito o mais difícil, um golo cedo que sossegou jogadores e adeptos. O Arouca conseguiu equilibrar mas o Porto manteve o controlo do jogo e poderia ter ampliado a vantagem até ao intervalo, novamente por Aboubakar e num cruzamento remate de Brahimi. A 2ª parte foi mais do mesmo, o Porto a controlar o tempo e o espaço e a conseguir o 2º golo novamente por Corona, a recarregar depois da defesa de Bracalli a míssil do André. O endiabrado Aboubakar tentou de longe, depois de um brilhante slalom mas só o conseguiu minutos depois, concluindo mais uma boa jogada com o Rúben e o André como protagonistas máximos. O jogo caminhou tranquilamente para o final, sendo interrompido pelo golo do Maurides, o irmão mais novo do nosso Maicon, fruto de alguma descompressão da equipa do Porto.

Segue-se a maior prova europeia de clubes e a viagem a Kiev para um confronto que já esmiucei aqui.


Corona - O MVP da partida. Como curiosidade, o extremo marcou na sua estreia, tal como tinha feito no Twente e foi o 1º mexicano a bisar no nosso campeonato. Melhor cartão de visita era impossível porque além dos golos, fez um jogo muito completo e gostei também de o ver a defender. Parece que a titularidade não lhe deve fugir nos próximos jogos.
André - O vilacondense fez um enorme jogo. É um jogador que uma garra e entrega total e como se viu ontem, pode jogar e fazer qualquer função que o treinador lhe peça. Está no lance do 2º golo e faz a assistência para o 3º. Um jogo cheio.
Aboubakar - Gosto tanto de ti Vincent. Um jogo super-esforçado e teria sido uma heresia se não tivesse marcado o golo da praxe, quer pelas oportunidades que teve mas principalmente pelo que trabalhou em campo. Agarrou com unhas, dentes, braços, pernas a fuga do Jackson para Madrid e vai ser muito complicado tirar o menino da frente de ataque portista.
M&M's - A dupla dos M's mais uma vez não deu qualquer tipo de hipóteses ao ataque adversário. Uma entrosamento religioso, constantes compensações, uma forma autoritária de disputar todo e qualquer lance fazem desta dupla um muro complicado de transpor. Infelizmente será desfeita em Kiev, fruto do castigo do Marcano.


Relvado - Ainda nem a meio de Setembro chegamos e o tapete do Municipal de Arouca estava pior que o pêlo de um cão abandonado. Em Dezembro/Janeiro estará impraticável mas felizmente já passamos por lá.
João Capela -  Pode ser cisma, admito, e como dizem as pessoas de idade e mais sábias, uma cisma é pior que uma doença mas a verdade é que nada no Capela me parece sério. Ontem, e mais vez não estando directamente ligado a lances capitais e decisivos, foi de uma dualidade de critérios berrante na amostragem de cartões amarelos.
Layun - Ao contrário do seu colega de selecção que também se estreava no campeonato português, não vi qualidades no defesa que faça dele o dono daquela posição. É certo que o Porto estava a ganhar por 3-0 e havia uma certa descompressão e alivio mas não pode ficar a nanar como ficou no lance do golo Arouquense. Ainda por cima é destro, e notou-se uma clara inaptidão para centrar de pé esquerdo nas suas subidas ao ataque.






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