Procura-se goleador, com ou sem experiência.
Um pequeno preâmbulo antes da análise ao jogo de Tondela, para falar do árbitro Hugo Miguel em particular e da arbitragem nos jogos do Porto esta época no geral, em caso de dúvida estamos e pelo que se tem visto continuaremos a estar, sempre a ser prejudicados. Ou são penáltis, ou são foras-de-jogo, ou são faltinhas de merda marcadas contra nós, ou são golos mal anulados, de tudo um pouco tem acontecido sempre a desfavor do Porto. Hoje o Deproite fez-me lembrar de certa forma o Hulk (salvas as devidas distâncias técnicas, físicas, whatever), porque ao mínimo contacto com os adversários, via-lhe ser marcada falta. Hugo Miguel teve uma arbitragem manhosa, condescendente com a dureza do Tondela, que teve o seu ponto alto, ou baixo neste caso, quando interrompeu o jogo para marcar uma falta a favor do Porto quando Adrian Lopez estava isolado e em excelente posição para marcar, supostamente porque estaria em fora-de-jogo.
Ao ver este Tondela jogar é impossível não me lembrar do Boavista dos anos 90, 2/3 flechas na frente, uma equipa muito aguerrida, muito anti-jogo e distribuição de muita porrada, um pouco à imagem do seu treinador Armando Teixeira, conhecido no mundo do futebol como Petit. O Porto tem de certa forma um problema com o Tondela, não sei se será da cor dos equipamentos, ou de outro qualquer motivo mas a verdade é que em 3 jogos com os Beirões, o Porto ganhou unicamente um, numa vitória no Estádio João Cardoso por 0-1 com um coelho da cartola sacado pelo Brahimi aos 28 minutos. De lá para cá, uma derrota e o empate de hoje, o que faz do Tondela um dos adversários mais temidos pelo Porto a nível nacional.
Hoje o jogo começou às 18 horas mas o Porto só apareceu para jogar passados 15 minutos e só percebeu que tinha de marcar por volta dos 75 minutos de jogo, altura em que dispusemos de 2 boas ocasiões de golo por André Silva e outra por Adrian. Foi um jogo complicado, o normal após jornadas europeias (o Sporting que o diga), Nuno fez algumas alterações, claramente para dar sangue novo e frescura à equipa, mas o Porto tinha obrigação de fazer claramente mais. O Mister voltou a usar a fórmula do jogo com o Guimarães, com Deproite e André Silva na frente e Brahimi e Otávio nas alas. Sinceramente é um esquema que me agrada quando se usam extremos mais clássicos, daqueles que tem a tendência para ir à linha e não com as sistemáticas vindas para dentro como faz o Porto. Se Nuno gosta deste esquema, se calhar não é pior ideia apostar em Adrian ao lado de um dos pontas de lança, como se viu com a sua entrada, parece combinar melhor com André Silva, do que o Português com o Belga. Óliver revelou ser uma excelente aposta porque a sua entrada em campo coincidiu com o melhor período do Porto. Hoje sim, Nuno pode falar em falta de eficácia, mas não está isento de culpas deste problema, porque segundo se consta, Aboubakar foi afastado da equipa por vontade do treinador e nem o André, nem Deproite são melhores que o camaronês, e Suk não é inferior a Deproite, com a vantagem que tinha calo de futebol português.Tal como no jogo com o Copenhaga, o Porto não fez um bom jogo, embora desta vez tenha feito mais do que o suficiente para ganhar.
Em 5 jogos, 10 pontos e já 5 pontos perdidos, o que traduz inequivocamente a dificuldade que será a época 2016/17. Os últimos dias do mercado serviram para construir um plantel mais equilibrado mas infelizmente não serviu para desenterrar um matador. McCarthy, Lisandro, Falcao e Jackson, deixaram um legado no clube que deveria ter sido mais respeitado, e por muito que goste de ver um avançado da casa na equipa, não me parece que seja com um miúdo de 20 anos e com um jogador Belga, que duvido que alguém tenha ouvido falar dele antes de vir para o Porto, que poderemos atacar uma época e 3 competições com ambições de ganhar pelo menos 2. A azia de hoje não foi maior porque o Rio Ave do Capucho fez o favor de nos dar duas mãozinhas.
Alex Teles - O MVP da partida. O melhor jogo do defesa brasileiro desde que chegou ao Porto. Uma saúde física impressionante permitiu-lhe fazer inúmeras psicinas não só no seu corredor, como na direita a compensar os seus colegas. Atacou muito e quase sempre bem e demonstrou que também sabe defender.
Óliver - Entrou na 2ª parte e lentamente começou a impôr o seu jogo, benefeciando claramente a equipa com isso. Foi através de alguns dos seus brilhantes passes que o Porto conseguiu as poucas oportunidades de golo.
Casillas - O espanhol teve pouco trabalho mas isso não impediu de ter uma defesa decisiva aos 72 minutos.
André Silva - Custa-me estar sempre a bater no menino, ainda por cima porque parte da culpa não é dele mas sim de quem achou que o nosso ponta de lança titular deveria ser um miúdo de 20 anos que está a ser completamente queimado. O André teve 2 excelentes oportunidade de golo e falhou as 2, quando ainda por cima fica a ideia que teria colegas em boa posição para receber o passe mas o que me chateia mais é aquela insistência em armar-se em Ronaldo e ir para cima dos adversários quando está mais que visto que o drible e 1vs1, não são de todo o seu forte. Não marca à 5 jogos, facto que para um ponta-de-lança, não sendo decisivo, começa a ser preocupante.
Ineficácia e falta de poder de fogo - O primeiro remate à baliza do famoso Cláudio Ramos surge aos 82 minutos, ora bem, já seria um dado estatístico mau para qualquer equipa da primeira liga, o que dizer de um candidato ao titulo. Poucas oportunidades de golo e as que tivemos foram francamente mal finalizadas pelos nossos homens da frente.
2 comentários:
Viva Pragmático,
100% de acordo com o "post"
Também para mim Aboubakar é melhor do que André Silva e Depoitre.
André Silva até poderá vir a ser um grande goleador , mas para já precisa de ganhar naturidade pois falha muito.
Mais, certas decisões do "destreina" NES deixam-me irritado. Surpreende-me que Pinto da Costa compactue com estas situações. Começo a admitir que o Presidente é capaz de já não ter pedalada para desempenhar o cargo.
Abraço
Armando Monteiro
https://dragaoatentoiii.wordpress.com/
O Presidente foi engolido por toda aquela gente que o rodeia e que não o deixa pensar por si só. Em relação ao André, ele tem que perceber 2 coisas, a primeira é que apesar de todo o talento que lhe foi reconhecido, ele não é a última bolacha do pacote e a segunda é que tem que rapidamente perceber que todos os problemas do Porto não podem nem vão ser todos resolvidos por ele dentro de campo.
Abraço Grande Armando.
Saudações Portistas.
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