Um sonho que durou 6 dias.
Dia 15 a dia 21 de Abril, foi este o espaço temporal que nos permitiu sonhar e acreditar que era possível eliminar o poderoso Bayern Munique, seguramente uma das 3 melhores equipas do mundo. Tudo começou faz hoje uma semana, num belo fim de tarde, no Estádio mais lindo do mundo, numa das mais notáveis vitórias que a minha memória me permite recordar. 6 dias passaram, o sonho virou pesadelo, a esperança de uma Champions épica morreu mas a vida continua. Perdemos com um acumulado de 7-4 e dito assim, a dor de uma pesada derrota, é de certa forma amenizada.
A Lei de Murphy é uma velha máxima que diz que se alguma coisa pode correr mal, ela irá correr mal. Um Porto desfalcado dos 2 laterais titulares, um Bayern com sede de vingança, um estádio cheio de alemães desejosos de sangue, o poder dos números e dos orçamentos claramente a nosso desfavor, tudo preparado para que a puta da Lei do senhor Murphy entrasse em acção. Infelizmente este é o tipo de jogo facílimo de comentar, tal a diferença de qualidade demonstrada pelas duas equipas. O Porto entrou mal em jogo, à imagem do que tem sido toda a época, com a diferença que os alemães não são os Paços Ferreira's ou os Penafieis da Europa. Equipas como o Bayern castigam o adversário mesmo quando não têm espaço, e o que fazem quando tudo lhes é permitido? Castigam, massacram, violam, sem dó nem piedade até que o adversário deixe de mexer.
Foi assim durante toda a primeira parte, o Bayern aproveitou o facto do Porto ter entrado molezinho, macio, meiguinho e inofensivozinho em campo e usou e abusou dos nossos meninos até se encher. É como ir às putas mas não pagar no fim. Ameaçaram com uma bola ao poste e como o Porto não ligou ao aviso, foram 28 minutos a levar porrada, pelo chão, pelo ar, por baixo da terra, elas caíram de todo lado até que o cliente alemão se encheu da puta portuguesa e decidiu deixá-la em paz. O Porto deu muito espaço no sector defensivo, não mordeu, não bateu, não atrapalhou, limitou-se a assistir ao espectáculo de variedades dado pelos bávaros. Resultado, 5 salsichas contra 0 bacalhaus ao intervalo.
Nos balneários o chulo basco mudou a forma das putas actuarem, trocando uma delas, que dado o seu nervosismo poderia reagir mal a mais um pancada do cliente e fez entrar uma puta mais calma, mais nova, mais esclarecida. Esta mudança de intervenientes, assim como a mudança táctica fez com a equipa jogasse muito mais equilibrada e o Porto conseguiu de certa forma estancar a invasão alemã. Este maior esclarecimento do Porto, aliado ao facto do Bayern ter tirado o pé do acelerador fez com que a segunda parte fosse muito mais equilibrada. As jogadas de ataque foram surgindo até que o Jackson marca o nosso único golo aos 73 minutos. Faltava pouco tempo para acabar o jogo mas isso não impediu que a equipa lutasse muito com o coração e menos com a cabeça, sempre em busca de novo golo que permitisse pelo menos pôr algum nervosismo nos alemães. Esse golo quase chegou numa grande jogada individual de Jackson, seria o 5-2 e ficaríamos a apenas um da passagem às meias-finais. Mas como no futebol não existem "se's", o Bayern voltou a bater nos nossos meninos, num livre superiormente bem marcado por Alonso, a castigar falta e posterior expulsão de Marcano.
Pode parecer surreal da minha parte, mas a verdade é que foi a derrota que me custou menos a digerir. Quando nos saiu o Bayern no sorteio, todo o Portista sentiu que nos tinha calhado a fava, e essa sensação só mudou depois de uma 1ª mão no Dragão onde toda a equipa se transcendeu. O problema é que todos os Portistas sabiam que só iríamos eliminar os alemães se fizéssemos não um, mais dois jogos transcendentes. Fica óbviamente o amargo pela derrota pesada, porque conscientemente talvez tivéssemos preferido uma derrota por 2-0, embora na prática fosse a mesma coisa.
"No matter how cold the winter, there's a springtime ahead.."
Jackson - O melhor jogador azul e branco. "Quem dá o que tem, a mais não é obrigado!", e o colombiano deu o que tinha e o que não tinha num jogo extremamente ingrato. Lutou quase até cair para o lado, marcou um e quase marcava outro, defendeu muito. Fez o que pode. Nada a apontar.
Herrera - Tal como Jackson, foi o que lutou mais. O jogo típico do mexicano, as coisas nem sempre lhe correram bem mas nunca deixou de lutar. Para o Hector, tanto faz estar 0-0 como 6-1, é sempre a abrir até ao apito final ou cair para o lado.
Adeptos Portistas - O que se viu na partida e chegada da equipa no aeroporto revela que adeptos e equipa estão unidos, e isso é algo que merece destaque.
Nada mais a destacar, numa noite e num jogo como não há memória.
Pode-se falar de tanta coisa que correu mal que nem sei por onde começar. Falar que este ou aquele jogador jogaram mal quando se enfarda 6-1, é complicado, ainda assim consigo separar algumas coisas:
Lopetegui - Na 1ª mão, Julen 1 - Pep 0, ontem, Pep 1 - Julen 0. O 4-4-2 do Bayern desmontou completamente a nossa estratégia. Os alemães colocaram muita gente onde o Porto estava ferido, Lahm e Rafinha violaram o Indi e o Gotze e Bernat fizeram do Reyes uma galocha. Não estou habilitado a afirmar que com o Ricardo de inicio, o jogo seria diferente, seria desonesto comigo mesmo se o fizesse.
Futebol Aéreo - 6 golos sofridos, 3 de cabeça. Indi (1.84cm), Maicon (1.91cm), Marcano (1.89cm), Reyes (1.89cm), Casemiro (1.84cm), uma média de altura de 1.87 cm nos 5 jogadores mais defensivos da equipa. Se não é pela altura, a culpa só pode ser do mau posicionamento.
Fabiano - Talvez esteja a ser injusto com o nosso guarda-redes mas a verdade é que fiquei sempre com a sesação que o brasileiro poderia e deveria fazer sempre mais qualquer coisa nos 6 golos sofridos.
Máxima que estipula que se alguma coisa pode correr mal, ela irá correr mal
"lei de murphy", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/lei%20de%20murphy [consultado em 22-04-2015].
"lei de murphy", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/lei%20de%20murphy [consultado em 22-04-2015].
Máxima que estipula que se alguma coisa pode correr mal, ela irá correr mal.
"lei de murphy", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/lei%20de%20murphy [consultado em 22-04-2015].
"lei de murphy", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/lei%20de%20murphy [consultado em 22-04-2015].
Máxima que estipula que se alguma coisa pode correr mal, ela irá correr mal.
"lei de murphy", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/lei%20de%20murphy [consultado em 22-04-2015].
"lei de murphy", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/lei%20de%20murphy [consultado em 22-04-2015].
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