Depois da tempestade, a manita.
Depois de 2 resultados pouco conseguidos na ilha da Madeira, nada melhor que um adversário tenrinho para descarregar a raiva e selar uma vitória com números gordos, embora com uma exibição que esteve longe da perfeição. O Estoril chegou ao Dragão com um saldo altamente negativo nos últimos 8 jogos, 3E e 5D, e facilmente se percebeu que não seria contra o Porto que essa tendência iria mudar. A ex-equipa liderada por José Couceiro é a prova que as famosas "chicotadas psicológicas" nem sempre têm o efeito imediato pretendido.
O Porto entrou em campo com uma estranha "tremideira", falhando muitos passes, não conseguindo ligar o jogo e mais uma vez a desperdiçar cantos e livres laterais, exemplo disso são os 2 cantos nos primeiros 6 minutos que saíram do outro lado do campo sem que ninguém tivesse tocado na bola. A equipa só entrou verdadeiramente em jogo a partir dos 15/20 minutos, muito por culpa de Quaresma, que através das suas fintas e um sem número de cruzamentos, conseguiu criar perigo na equipa do Estoril. O lado direito do ataque portista esteve demolidor, as combinações entre Quaresma e Danilo permitiram a Brahimi (15 min) uma excelente oportunidade para marcar mas faltou-lhe algum killer instinct. O primeiro golo aparece por Óliver (33 min), depois de mais um excelente cruzamento de Quaresma e a vantagem poderia ter sido ampliada logo de seguida por Aboubakar (39 min) que remata à figura. O 2º golo acontece já perto do intervalo novamente pelo camaronês a finalizar novo cruzamento de Quaresma. A 2ª parte começa com uma grande entrada do Porto que lhe permite resolver o jogo num penalti muito bem marcado pelo 7 portista. O Estoril nunca deu luta nem criou uma verdadeira ocasião de golo, daí o jogo se ter arrastado até final. Danilo numa grande jogada de futebol e novamente Quaresma selaram uma goleada num jogo bem conseguido do Porto mas nem sempre bem jogado. O Estoril junta-se ao top das piores equipas que visitaram o Dragão este ano.
Quaresma - Obviamente, o MVP da partida. 2 golos e 2 assistências e muitos cruzamentos perigosos. O extremo apareceu neste jogo fresquinho que nem uma alface, o que lhe permitiu fazer os 90 minutos sempre em alta rotação. Numa altura em que Tello estará perto de 1 mês é fundamental que Quaresma contribua com todos os seus argumentos.
Danilo - O anuncio da sua venda surgiu numa altura critica da época, algo que não é muito vulgar no clube. O receio que Danilo poderia tirar o pé do acelerador no que falta jogar foi facilmente contrariado neste jogo. Danilo fez um jogo à Danilo, inúmeras cavalgadas pelo corredor direito culminadas com um golo depois de uma brilhante jogada colectiva.
Aboubakar - O camaronês não é nem nunca será Jackson. Pedir-lhe para recuar ao meio campo tabelar com os colegas é contranatura. Não fez um grande jogo mas marcou o golo da praxe.
Manita - Não foi uma exibição brilhante da equipa do Porto, a equipa demorou a aquecer e o cliché "resultado melhor que a exibição" pode facilmente ser adaptado a este jogo mas 5 golos sem resposta terá sempre de ser destacado, mesmo que tenha sido contra uma equipa muito débil.
Herrera - Não foi um bom jogo do mexicano. Faltou-lhe gás, falhou passes, não foi o médio box-to-box que costuma ser. Foi naturalmente o primeiro a ser substituído.
Bolas paradas - É um tema já muito falado por toda o universo azul e branco e foi mais um jogo onde os muitos cantos e livres nem cócegas fizeram na defesa do Estoril.
Estoril - Uma equipa demasiado fraca em comparação com o Estoril que nos empatou a vida na Amoreira. 67-33% na posse de bola, 15-1 nos remates e 9-1 nos cantos espelham bem a nulidade do que foi o adversário do Porto.
2 comentários:
@ Rui
só para te informar que gosto muito da tua análise às partidas em que o nosso Amor comum marca presença.
continua com esse entusiasmo e com o bom trabalho :)
ps:
não sou um robôt :)
abr@ço
Miguel | Tomo III
Obrigado grande Miguel. Além do nosso amor comum, retribuo o igual prazer que tenho em ler as tuas crónicas sempre assertivas e carregadas de bom humor.
Saudações Portistas.
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