Pragmático QB

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sábado, 7 de março de 2015

Braga 0 vs FC Porto 1 - 06.03.2015 - Liga Portuguesa

Foi preciso tirar 72 pedras do caminho.

As duas equipas chegavam à batalha da Pedreira com um cartão de visita brilhante - 5 vitória nos ultimos 5 jogos, com um score de 10-1 no caso do Braga e 13-0 no caso do Porto - e se juntarmos a isso a necessidade extrema de ambas as equipas ganharem, embora com objectivos diferentes,  estavam reunidas as condições para assistirmos a um grande jogo de futebol. Mas, puro engano, só uma equipa jogou, só uma equipa quis ganhar, só uma equipa fez um grande jogo. 33-67%  na posse de bola e 2-16 nos remates são números que revelam a superioridade portista. O Porto continua na luta à custa de uma raça, força e espírito de sacrifício inolvidáveis.

No jogo contra o Sporting, o Porto tinha jogado uns 20-25 minutos nervosos, com algumas perdas de bola, deixando o Sporting manter o jogo equilibrado e longe da sua baliza. Em Braga esse período repetiu-se, embora tenha durado apenas 10 minutos, altura em que o Braga foi superior e mesmo não nos tendo criado problemas perto da nossa área, foi sempre um adversário chatinho. Após esta fase menos boa, o Porto tomou completamente conta das operações e partiu para uma exibição fortíssima no nível defensivo e com momentos de muito bom futebol no que ao ataque diz respeito. É impressionante como o Porto consegue ser "mandão" e autoritário em jogos de elevada dificuldade como o de ontem e o do passada domingo contra o Sporting. Embora o nosso caríssimo Sérgio Conceição tenha afirmado no final do jogo que o resultado mais justo seria o empate, nunca o poderemos levar a sério depois do que se viu na Pedreira durante os 90 minutos. Vitória suada e lutada que embora tenha acontecido pela margem mínima, revelou sempre um Porto muito superior ao Braga em todos os aspectos do jogo.

Estamos na luta, a um ponto do Benfas, e à espera daquele tropeção que nos permita dependermos unicamente de nós para a conquista do caneco em Maio. O nosso rival nestas últimas semanas tem vindo a público com algumas manobras de diversão que tentam insinuar que o principal beneficiado das arbitragens esta época é o Futebol Clube do Porto, movimentações ridículas que só revelam um sentimento de pânico e desespero em relação à proximidade da nossa equipa.



Atitude da equipa - Depois da derrota na Madeira, o fim estava próximo, mas o tropeção do Benfas na Capital do Móvel foi o balão de oxigénio que nos permitiu encarar o restante campeonato sempre com uma atitude ganhadora. Após o tropeção nos Barreiros, somamos 6 vitórias com 14 golos marcados e nenhum sofrido.
Tello - O MVP da partida. 4 golos nos 2 últimos jogos contra adversários como o Sporting e Braga são sinónimo de um acréscimo, não de forma mas sim de confiança, principal problema do espanhol. A qualidade sempre esteve lá, faltavam níveis de confiança de lhe permitissem encarar adversários e baliza da forma implacável que tem demonstrado. No flash-interview disse.. "Eu sempre disse desde que cheguei que me trataram muito bem. Vamos ver como termina o ano e espero ficar aqui bastante tempo". Cristian, por mim DEVES ficar.
Evandro - Grande primeira parte. Foi o grande dinamizador do ataque portista. Nota-se a quilómetros a experiência e calo que tem em jogos como este. Deu uma grande ajuda na batalha de meio campo. Foi o primeiro a ser substituído, não porque estava a jogar mal, mas porque havia a necessidade de mexer na equipa quando ainda estava 0-0.
Casemiro - Lentamente as criticas negativas parecem não querer a companhia do brasileiro. Neste momento parece-me um dos jogadores mais fundamentais da equipa. É de longe o elemento mais combativo da equipa, um jogador que sofre tantas faltas como as que faz. Tem doseado melhor a forma como encara os confrontos individuais, o que lhe tem valido menos cartões. 
Dupla de Centrais - Parece-me inquestionável que Martins Indi é o central com mais categoria do plantel, mas não menos inquestionável é a forma homogénea como a dupla Maicon e Marcano tem jogado. Entendem-se muito bem, compensam as subidas um do outro e neste momento são um muro muito difícil de ultrapassar. Os números não enganam, nos últimos 7 jogos, apenas um golo sofrido.
Adeptos - Mais um jogo onde adeptos e claque portista se fizeram ouvir incansávelmente.



Brahimi - Voltei a não gostar do jogo do Brahimi. Voltou a emperrar o jogo portista sempre na tentativa de fintar 1/2 adversários antes de soltar a bola. Passou para o meio depois da entrada de Quaresma mas isso só fez com que desaparecesse de vez. Foi substituído depois do Porto marcar e quando era preciso dar músculo e mais critério à posse de bola no meio campo.
Fabiano - Num jogo em que o adversário faz 2 remates e nenhum vai à baliza, é imperativo que o nosso guarda-redes esteja 100% assertivo mas não foi o caso. Fabiano pôs a baliza do Porto em perigo em 2 lances por culpa própria, o primeiro saindo mal a um cruzamento que não dá golo do Zé Luis por pouco, e depois largando a bola em novo cruzamento sem qualquer perigo.
Lesão do Jackson - Pelo que se percebeu o colombiano pode ter sofrido uma lesão com alguma gravidade, parando entre 3 e 4 semanas. Não sendo o fim do mundo, é um rombo enorme na equipa. Jackson é o jogador mais imprescindível do plantel, pelo que joga, pelo que marca e pelo que faz jogar.
Jogo de nervos - Não tenho coração para jogos como este, por isso deixo aqui o repto.. Porto, se possível, será que podem começar a resolver os jogos um bocadinho mais cedo?













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