Pragmático QB
domingo, 22 de março de 2015
Nacional 1 vs FC Porto 1 - 21.03.2015 - Liga Portuguesa
Favor retribuído.
Tremenda desilusão, não há outro estado de espírito nem outro sentimento, que não seja o de desilusão, depois da noite de ontem. O Rio Ave fez-nos o jeito e disse "tomem lá, agora façam a vossa parte". Infelizmente e contra tudo o que era expectável, não fizemos a nossa parte, e sendo assim retribuímos o favor que o benfas nos fez à sensivelmente 2 meses atrás, quando perdeu em Paços Ferreira, após a nossa derrota nos Barreiros. Dizem que a Madeira é uma ilha lindíssima, não conheço, nunca lá fui, mas desportivamente é um lugar que nos traz dissabores ano após ano. Após a jogo do Marítimo, somamos 7 vitórias, todas elas sem sofrer golos, espera-se e deseja-se agora, nova marcha triunfal até final do campeonato.
Empatamos no jogo de ontem e somamos um ponto que nos coloca numa situação mais desafogada e a dependermos unicamente de nós, situação que tal como afirmou no nosso Mister Julen, já não acontecia à 4 meses. Um encurtar de distâncias terá sempre de ser visto com bons olhos, embora as expectativas fossem muito elevadas depois do tropeção nos Arcos do nosso maior rival. São 3 pontos de distância, depois de terem sido 6 e com a hipótese real de serem 9. "Grão a grão. enche a galinha o papo", já dizia o outro.
Embora os jogos na Choupana - e na Madeira no geral - sejam tradicionalmente difíceis, não se pode dizer que o histórico de confrontos seja desfavorável ao Porto, muito pelo contrário. Antes do jogo de ontem e em 16 jogos a contar para a Liga Portuguesa, o Porto somava 11 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, com a curiosidade que uma dessas derrotas (2-1) tinha acontecido na época passada.
O Porto entrou em campo depois do conhecer o resultado do jogo do benfas, e sinceramente não sei o que é pior, se encarar os jogos com a pressão de ganhar porque o nosso rival também ganhou, se encarar os jogos com a pressão de ganhar porque o nosso rival perdeu. Agora e depois do jogo acabar pode-se concluir que o Porto joga melhor quando o rival ganha. Conclusão fácil, ao nível da "prognósticos só no fim do jogo". A equipa entrou bem em campo, tranquila e sem pressa de chegar á baliza insular. Primeira parte sempre controlada, embora sem grandes ocasiões de golo e quando o Tello meteu a redondinha na rede de Gottardi, ficamos com a ideia que o mais difícil estava feito e que o golo tinha surgido cirurgicamente no momento certo. O "stôr" Nelo Machado deu o chá ao intervalo e o Nacional apareceu transfigurado na segunda parte. Foi muito mais perigoso através de 3/4 contra-ataques venenosos, um deles deu golo, e outro só não deu porque o luso-angolano Lucas Eduardo Santos João - digo o nome todo porque é um jogador que depois daquele falhanço, me merece grande respeito - rematou por cima da barra na cara de Hélton. O jogo estava completamente partido, fruto de uma desunião na equipa do Porto. Danilo ainda rematou ao poste já depois de Maicon também ter feito a bola beijar a barra. O resultado não se alterou até final, apesar do esforço inglório de Quaresma.
Maicon - O MVP da partida. Desta vez o brasileiro superiorizou-se ao seu colega de sector Marcano. Imperial no jogo aéreo, limpou tudo na sua zona de acção. Podia ter marcado um golo de livre directo mas infelizmente para ele e para nós portistas, a bola esbarrou na trave.
Tello - Um jogo de altos e baixos. Marcou um belo golo, o 5º nos ultimos 4 jogos, o que diz bem do que tem sido a importância do extremo nestas fase da época. Na 2ª parte desapareceu, tal como o resto da equipa.
Quaresma - Entrou aos 73 minutos quando todo o portista já tinha percebido que Brahimi não estava em campo há muito tempo. A sua entrada apesar de tardia, ainda foi a tempo de vermos um Quaresma desequilibrante, que tudo fez no lado direito para que o resultado fosse outro.
Alex Sandro - Culpas directas no lance do golo ao não se aperceber da entrada do adversário nas costas. Pareceu-me muito cansado a partir do meio da 2ª parte.
Brahimi - Mais um jogo muito fraco do argelino. Desde que voltou da CAN, são mais os jogos fracos do que aqueles em que se destaca positivamente. Não conseguiu um desequilíbrio no 1 vs 1.
Rúben Neves - Lopetegui tem apostado no menino quando é preciso congelar o jogo e dar mais critério de passe ao jogo portista. Ontem entrou para o lugar do amarelado Casemiro com o objectivo de ser um tampão à frente da defesa. Não só não o conseguiu, como a sua entrada coincide com o inicio das cavalgadas do Nacional em direcção à nossa baliza.
Quintero - 30 minutos em campo, 30 minutos de nada.
Condição Física - Tenho elogiado a saúde física da equipa, mas ontem pareceu extremamente cansada. Tello, Aboubakar e Alex Sandro são o maior exemplo disso.
Lopetegui - O nosso Mister tem levado festinhas, hoje leva porrada. Demorou muito tempo a perceber que Brahimi não estava em campo e entendo a substituição de Casemiro por causa do amarelo mas a verdade é que o Nacional sem o panzer brasileiro à frente perdeu-nos completamente o respeito.
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