Era previsível que as mudanças na equipa acontecessem mas nunca de uma forma tão drástica, pensei eu. O jogo da passada quarta-feira contra o Bayern não matou mas moeu praticamente toda a equipa e o uso de alguma rotatividade contra os estudantes, impunha-se. Admito por isso, algum susto e preocupação quando vi aquele onze inicial. Danilo e Casemiro, 2 dos jogadores que pudemos ver de rastos no final do jogo da Champions não foram convocados e Jackson, Quaresma, Brahimi, Marcano e Óliver ficaram no banco. Alex Sandro a central era mais um dos factores que fez deste onze titular, uma equipa hipster, que embora alternativa, me fez perceber que o nosso Mister, vai apostar as fichas todas no jogo de Munique. A famosa rotatividade voltou a acontecer.
O jogo começa morno, muito morno. Troca de bola lenta, equipa meio perdida em campo, futebol confuso, até que aos 12 minutos Quintero, perdão, Aboubakar com um grande passe de primeira desmarca Hernâni que remata à figura de Cristiano, fazendo de seguida a recarga vitoriosa. O mais difícil estava feito, embora estivéssemos longe de saber que o marcador não mais iria ser alterado. A próxima ocasião só chegou aos 37 minutos e em dose dupla, Evandro rematou ao poste e Aboubakar na recarga remata para o Dolce Vita. A resposta da Académica não tardou e depois de uma prenda com laço de Alex Sandro, Rafael Lopes remata ao lado, nunca lance em que ficou a ideia que o academista poderia fazer melhor. O Porto assusta-se e volta a carregar, quase marcando por Angél, depois de uma brilhante jogada de Evandro e Hernâni. Chega o intervalo com a ideia que mesmo com uma equipa "esmifrada", o resultado poderia ser outro a nosso favor.
A 2ª parte não é muito diferente da 1ª em relação às oportunidades de golo de ambas as equipas. O Porto abre as hostilidades num livre bem marcado por Campaña e algum tempo depois Aboubakar cabeceia ao lado depois de uma grande jogada de Hernâni, mais uma. A Académica, fruto das desvantagem mínima acreditou que era possível empatar no Dragão e quase o consegue na sequência de um canto. O jogo a partir daqui arrastou-se até ao fim e só a entrada de Jackson animou a malta, primeiro num remate cruzado com boa defesa de Cristiano e depois rematando por cima a um metro da linha de golo depois de uma boa jogada de Alex Sandro pelo lado esquerdo. O apito final soou logo de seguida. Vitória justa, num jogo de serviços mínimos e muita falta de eficácia, numa daquelas confrontos terríveis antes e após jogos de Champions.
Hernâni - O MVP da partida. Fez de Esgaio uma galocha. Foi um autêntico pesadelo para o defesa direito da Académica que só o conseguiu parar em falta. Quando mudou de flanco perdeu protagonismo, embora isso não invalide que tenha sido o jogador mais perigoso do Porto durante toda a partida. Foi festejar o golo com Quaresma, e segundo consta, são bons amigos, por isso sendo 2 extremos, só espero coisas boas dessa união.
Evandro - Mais um belo jogo. Evandro faz-me lembrar certas marcas de automóveis conhecidas pela sua fiabilidade. É um jogador que nem sempre dá nas vistas mas de uma grande utilidade. Ontem foi o grande patrão daquele meio campo.
Jackson - 10 minutos em campo, 2 oportunidade de golo, a segunda das quais claríssima.
Onze alternativo - Mesmo com muitas mudança no onze, a equipa conseguiu fazer um jogo razoavelmente bom, com oportunidades de golo mais que suficientes para que o resultado fosse mais desnivelado.
Quintero - Mais do mesmo. O menino anda chateado com o mundo, anda amuado, anda sem vontade de jogar. Se é suplente e entra, joga fodido, se é titular, joga fodido. Cada vez mais Kelvin e menos James. Se não tem vontade de estar na invicta, façam o favor de o vender pelo melhor negócio possível.
Ricardo - A adaptação plena à posição tarda. Ataca bem mas quando chega a hora de defender é um problema. Exemplo disso é o lance em que leva amarelo depois de ter sido "comido" com toda a facilidade do mundo por Ivanildo.
Reyes - Um jogo à imagem do que o central mexicano nos tem habituado. Frágil, inseguro, nervoso. A vida não está fácil para o Diego.
A falta do 2-0 - Não matar o jogo fez com que jogadores de adeptos ficassem impacientes até ao apito final. Mais um jogo onde o Porto não quis nada com a eficácia.
2 comentários:
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A próxima ocasião só chegou aos 37 minutos e em dose dupla, Evandro rematou ao poste e Aboubakar na recarga remata para o Dolce Vita.
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Rui, permite-me a correcção, mas terá, quanto muito, rematado para o Mercado Abastecedor. Para o Dolce Vita foi na segunda parte :)
abr@ço forte
Miguel | Tomo III
É o que dá ver os jogos em casa, perdes a noção do tempo/espaço :)
Grande abraço.
Saudações Portistas.
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