Pragmático QB

Pragmático QB

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Nacional 1 vs FC Porto 2 - 13.12.2015 - Liga Portuguesa

Uma vitória enevoada.

Como é mais que sabido a Ilha da Madeira não nos traz boas recordações, Barreiros e Choupana têm-se revelado verdadeiros pesadelos. O Porto não ganhava ao Nacional há 2 épocas, conseguindo um empate e uma derrota nessas ultimas 2 viagens, somando a este histórico, uma eliminação algo dramática da Liga dos Campeões, estavam reunidos os ingredientes para um jogo nervoso e enervante. O nevoeiro não quis ficar fora desta complicada equação e também deu um ar da sua graça, obrigando a partida a ser jogada em 2 dias. O Porto ganhou, num jogo em que as 3 equipas foram protagonistas.

O Porto tinha tudo para entrar nervoso em campo e confirmou essas mesmas suspeitas, muitos passes falhados e muitas perdas de bola e nada melhor que um golo aos 6 minutos para tranquilizar a equipa. Marcano marcou sem que o Porto tivesse feito muito por isso, e quando se pensou que o golo serviria para a equipa gerir melhor o jogo, sofre o empate no lance imediatamente a seguir, numa cabeçada de Willyan que Layún desvia para dentro da baliza quando até me deu a ideia que a bola não ia na direcção dos postes. Ouviu-se um "foda-se" aqui no prédio. Nem 2 minutos conseguimos aguentar a vantagem. "Foda-se", digo eu desta vez. Por esta altura percebe-se que o Porto varia entre um 4-3-3 e um 4-2-3-1, com os 3 do núcleo central do meio campo a rodarem entre eles. Felizmente o Porto não tira o pé do acelerador e marca o 2º golo por Brahimi por volta do quarto de hora, numa boa jogada colectiva. Fico sempre com a ideia que quando o Brahimi respeita as constantes subidas do Layún no corredor, coisas boas acontecem. O Porto conseguiu pôr muita gente na área e deu-se bem com isso. Meia hora de jogo e já estava completamente farto de ouvir os bombos no estádio. O Porto não conseguia montar um contra-ataque com cabeça, tronco, membros e golos e teve oportunidades para isso. O jogo estava morno, quando Casillas decide ser Casillas, depois de um atraso algo complicado de Layún e Brahimi é o último a chegar-se a uma das balizas com um remate que passa perto da barra. A 2ª parte começa e o Nacional entra com tudo e quando digo tudo, é tudo mesmo, porque até o nevoeiro trouxe. Maicon entra aos 48 minutos porque não estava devidamente equipado ao intervalo, Layún estava amarelado e foi o escolhido. O Nacional continuava a carregar e aos 52 minutos tem uma boa jogada mas felizmente para nós, o remate sai fraco e à figura de Casillas. O Porto "acordou prá vida" e tem 2 oportunidades clarérrimas de marcar o terceiro, Sadbakar permite a defesa de Rui Silva quando tinha tudo para marcar e na sequência do canto, Herrera não faz melhor e trata mal a bola, rematando-a por cima da barra. Nesta altura tornava-se quase impossível ver alguma coisa do que se estava a passar em campo e o jogo foi interrompido 2 vezes, até que à 3ª foi de vez, jogo adiado para o dia a seguir. A malta voltou do hotel para jogar os 15 minutos que faltavam, e pouca coisa aconteceu até ao final do jogo, exceptuando a lenha do Marcano, a substituição incompreensível do Brahimi e mais um falhanço do Sadbakar. Vitória justa, embora manchada por uma arbitragem com erros graves de Jorge Sousa. O Porto não conseguiu nem matar o jogo nem o nevoeiro e foram precisos 2 dias para esperar pelos 3 pontos.


Brahimi - O MVP da partida. Novamente um jogo onde foi muito interventivo. Procurou sempre a bola na esquerda ou no meio. Marcou um golo numa jogada iniciada por ele. Está a subir de forma.
Bolas paradas - Mais um golo de canto. Finalmente os lances de bola parada parecem ter alguma lógica e não marcados aleatoriamente como dava a impressão.
Marcano (+/-) - Marcou um golo bonito, pleno de oportunidade mas está directamente ligado a 2 lances que nos poderiam ter castigado caso Jorge Sousa tivesse outra percepção dos lances.


Aboubakar - Coloca-se a pergunta, continuar a jogar com o Sadbakar de inicio para lhe dar a oportunidade de marcar e ganhar confiança ou colocá-lo no banco porque na realidade não está a jogar a ponta de um corno? Será uma utopia lançar às feras o André Silva?
Jorge Sousa - É sem duvida alguma, um dos melhores árbitros portugueses, senão o melhor, mas na Choupana falhou como as notas de quinhentos. Se no primeiro lance do Marcano até dou de barato que não tenha considerado intencional a mão na bola do espanhol, no segundo lance, não há desculpas. O Jorge Sousa, pura e simplesmente não considerou penálti uma das maiores madeiradas que vi ultimamente, capaz de fazer inveja ao próprio Peter Aerts. Indesculpável.



Sem comentários: