Mais fácil era complicado.
Nos ultimos 5 jogos no Dragão contra a equipa de Belém, o Porto tinha 3 vitórias e 2 empates, o que teóricamente fazia deste jogo, um "osso duro de roer". Felizmente não passou disso mesmo, de uma teoria que mal o apito inicial soou foi facilmente desmentida. O Belenenses vinha de uma derrota humilhante para a Taça de Portugal com números (7-1) que raramente se usam no futebol moderno, o que fez com que entrasse em campo ferido no orgulho e com vontade que esta semana terminasse depressa.
Jogos como este fazem-me lembrar o boxe, à excepção da forma como terminou o combate. O Porto foi castigando o adversário com trocas de bola, mudanças de flanco, mudanças de velocidade, até que desferiu golpes certeiros que o levaram a vencer por pontos. O Knockout nunca chegou a acontecer porque a certa altura o Porto pareceu ter piedade do adversário e não o quis levar ao tapete, e como o Lito Vidigal não atirou a toalha ao chão, o combate arrastou-se até ao final dos assaltos. Foi tudo demasiado fácil, a fazer lembrar aqueles jogos-treino de pré-temporada contra equipas de valor manifestamente inferior. O Belenenses fez o 1º remate digno desse nome aos 91 minutos, o que diz praticamente tudo acerca do que foi a equipa de Belém em termos atacantes. Foi um jogo demasiado fácil, com números simpáticos para o Belenenses, num jogo em que o Porto nunca precisou de acelerar muito para criar perigo na baliza de Ventura.
Herrera - O melhor em campo. O mexicano voltou a fazer uma grande partida. Fez a assistência para o 1º golo da partida, a que somou uns impressionantes 13.5 quilómetros percorridos. Falhou alguns passes, facto que não belisca um jogo onde fez de tudo um pouco.
Óliver - Forma com o Herrera uma dupla explosiva. Fez o seu 5º golo no campeonato, num belo remate de fora da área. Saiu aos 65 minutos, já com um amarelo e numa altura em que revelou alguma desconcentração, o que fez com que tivesse alguns passes falhados.
Jackson - Um jogo menos fulgurante do que tem sido habitual, mas a habitual entrega. Marcou o golo da praxe, o seu 13º, e isola-se cada vez mais na lista dos melhores marcadores. Falhou por pouco o seu 2º golo, num lance semelhante ao do romano Totti.
Fabiano - Num jogo em que pura e simplesmente foi um expectador, impunha-se uma maior concentração nos 2 raros lances em que teve algum trabalho, primeiro largando a bola num cruzamento para a área quando não tinha nenhum tipo de oposição e depois defendendo para a frente um remate que parecia inofensivo mas que provocou o único calafrio na defesa portista.
Tello - Mais um jogo fraquinho do velocista espanhol. Esteve pouco em jogo, nunca conseguindo ter um lance que desequilibrasse a defesa do Belenenses. Fez o jogo todo quando a meu ver deveria ter sido substituído em vez do Quaresma.
Belenenses - Péssima exibição da equipa do Restelo. Não me lembro de uma equipa que viesse ao Dragão jogar de uma forma tão inofensiva como fez o Belenenses.
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