Pragmático QB

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domingo, 18 de janeiro de 2015

Penafiel 1 vs FC Porto 3 - 17.01.2015



Arregaçar as mangas e pegar nos Caterpillars.

Antes do jogo começar no 25 de Abril em Penafiel, o historial de confrontos entre estas 2 equipas resumiam-se a 26 jogos, com 21 vitórias do Porto e 5 empates. Nunca o Porto tinha perdido com a equipa de Rui Quinta, o que fazia deste jogo, uma batalha teóricamente acessível. Puro engano, porque apesar do 1º golo ter aparecido relativamente cedo e o 2º não ter demorado muito, o jogo foi tudo menos fácil, havendo um período de grande dificuldade que coincidiu com o inicio da 2ª parte.

Foi um jogo muito complicado, daqueles que o único objectivo é ganhar seja de que forma for, com mais, menos ou nenhuma "nota artística". Num campo muito dificil de praticar um futebol vistoso, o Porto foi pragmático, marcou em alturas fundamentais e ganhou um jogo de forma justa, que se adivinhava acessível mas que foi tremendamente trabalhoso, duro e problemático. Ficou provado que temos uma equipa multifacetada, que no seu dia-a-dia vai para o trabalho de fato, camisa e gravata mas que sempre que é necessário não tem qualquer tipo de problemas em vestir o fato-macaco e pôr a "mão na merda".

O Porto, muito por culpa do estado do terreno, não teve aquela entrada fulgurante que se previa. Foi expectante, esperou para ver o que o Penafiel fazia e o que o jogo lhe ia dando e cedo percebeu que o futebol rendilhado que, com sucesso, tem praticado nesta fase da época poderia não resultar num lamaçal como o que se viu em Penafiel. Começou a jogar de forma simples, a fazer algumas trocas de flanco sempre com a bola no ar e chegou finalmente e naturalmente ao golo num belo passe de Jackson para Casemiro que rematou inteligentemente por cima do guarda-redes Tiago Rocha, obrigando Herrera a confirmar em cima da linha. Estava feito o mais difícil, ainda por cima quando o 2º golo chegou 4 minutos depois e a vantagem ao intervalo, embora fosse boa, não era decisiva. A história da 2ª parte é bem diferente, o Penafiel entra forte, marca logo aos 50 minutos e cria alguma instabilidade no jogo e principalmente na equipa do Porto que fica algo desorientada. O nosso Mister não perde tempo, faz entrar Marcano para o lugar de Quaresma e consegue com isto estancar a ferida aberta com o golo do ex-Portista Rabiola. Coincidência ou talvez não, o jogo acalmou a partir daí, ficando sentenciado com novo golo do Porto, o 6º de Óliver no campeonato.







Jackson - Apesar do criminoso jogo do Óliver, sou obrigado a eleger o colombiano como o melhor em campo. Que grande jogo que o nº 9 fez, atacou, defendeu, levou porrada, teve pormenores deliciosos e está nos 3 golos da equipa. Faz um passe decisivo para o Casemiro no 1º golo, marca o 2º a passe de Óliver e depois de uma jogada brilhante em que tira 2 adversários do caminho, faz o cruzamento donde resulta o 3º do Porto. Nenhum portista no seu juízo perfeito, poderá pedir mais ao Cha Cha Cha do que o que fez ontem.

Óliver - Não fosse o Jackson ter intervenção directa nos 3 golos do Porto e seria o espanhol o MVP da partida. É o jogador do plantel do Porto que melhor personifica a "muitifacetagem" desta equipa. O pequeno grande jogador é capaz de tudo numa partida de futebol, para ele é igual estar em frente ao computador, ou descer à fábrica e pôr as mãos nas máquinas. Mais um jogo em que alternou finta e técnica com suor e trabalho.

Herrera - Um trabalho menos visível que o colega de sector mas igualmente eficaz, Óliver e Herrera fazem um dupla que se complementa na perfeição. O mexicano trabalhou, tem a técnica suficiente para desequilibrar e também marca. Um dos que melhor se adaptou ao terreno de jogo.

Marcano - Bela entrada em campo. Varreu todas as jogadas e dificuldades que lhe foram aparecendo pela frente e foi a partir da sua entrada que o Porto conseguir congelar o jogo.







Quaresma - Muita vontade, muita corrida, muita tentativa de cruzamento mas pouca objectividade. O 7 desta vez não foi decisivo para a vitória mas só entendo o facto de ter sido substituído em vez do Tello por uma questão física.

Tello - O velocista espanhol tem medo de jogar à bola. Ponto. Esquivou-se a todos os choques e bolas divididas. Se com tapetes bem tratados consegue ser inconsequente na maioria das vezes, no pantanal de ontem conseguiu fazer muito pouco, que só a boa jogada aos 82 minutos, não o impediu de ser uma nulidade completa.








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