Dortmund em ritmo de treino.
Liga Europa, 16-avos de final, adversário Borussia Dortmund, 2 jogos e 2 derrotas justas e inequívocas contra um oponente que se revelou muito superior. Depois de um jogo na Alemanha onde não tivemos qualquer tipo de hipóteses de arranhar a defesa germânica, o jogo no Dragão, embora não fosse exactamente mais do mesmo, foi um jogo que nunca colocou a eliminatória em risco para o Dortmund. Como se não bastasse a superioridade e o actual melhor momento dos alemães sobre o maior do mundo, o inglês Mark Clattenburg e seus auxiliares também quiseram dar o seu contributo tal como há um ano em Basileia.
A tarefa do Porto não sendo impossivel, era extremamente dificil. Seria preciso um jogo épico, com requintes de perfeição, para o maior do mundo dar a volta à eliminatória. Tal como a edição d'OJOGO tinha noticiado, só 141 equipas deram a volta a um 0-2, em 1275 eliminatórias, o que daria uma probabilidade de sucesso de apenas 11%. À parte do domínio da posse de bola que pertenceu aos alemães, o Porto até teve melhores números nos remates (12-10) e nos cantos (8-2) mas como cedo se percebeu, o jogo e principalmente a eliminatória nunca estiveram em risco. Foi a 10ª derrota esta época, a 4 (!!!) em casa.
Peseiro surpreendeu no onze inicial que subiu ao relvado porque acredito que poucos portistas esperariam que Corona, André e Brahimi começassem o jogo ao lado do treinador. Fica a dúvida se terá sido por nenhum dos 3 atravessar um bom momento de forma, simplesmente por Peseiro ter optado por poupá-los para Belém, ou nenhuma das duas. O jogo até começou dividido mas o certo é que foram precisos apenas 10 minutos para o Dortmund tomar completamente conta do jogo. Os 62% de posse de bola fizeram o Porto correr muito, com destaque para Danilo que foi uma autêntica besta no meio campo portista. O golo germânico chega aos 23 minutos por Aubameyang, o seu 32º em 34 jogos, em mais uma jogada que sobressaem duas ideias, uma delas é que o Porto defende com pouca gente (eram 5 alemães para 4 portistas) e a outra é que Angél, tal como na 1ª mão, não pode conceder tanto espaço a um jogador como Mkhitaryan. O Porto após o golo reagiu como podia, sem grandes euforias mas a conseguir chegar à baliza de Bürki que acabou por ser um dos melhores em campo. Evandro e Varela estiveram muito perto do golo mas infelizmente faltou-nos uma pontinha de frieza para conseguir bater o redes suíço. Marega, um dos melhores do Porto na 1ª parte, apesar de muitas limitações técnica, fartou-se de martelar Schmelzer e contribuiu para muitos dos 7 cantos ganhos pelo Porto. A 2ª parte foi dividida em oportunidades e em bolas nos ferros, com Brahimi e Mkhitaryan a ter uma oportunidade cada um. Mais ocasião, menos ocasião, mais posse de bola, menos posse de bola, o Porto merecia ter marcado e dado uma alegria aos mais de 32 mil corajosos que se deslocaram ao Dragão.
Mal saiu o Dortmund no sorteio, percebeu-se facilmente que nos tinha calhado em "azar", a equipa mais forte da Liga Europa. Essa superioridade confirmou-se nos 2 confrontos, embora tenha ficado com a ideia que o maior do mundo poderia e deveria ter feito um pouco mais para contrariar a superioridade alemã. As lesões e castigos explicam alguma coisa mas não tudo. O que se pode tirar de positivo desta eliminação sem espinhas, e dado que a final da Taça de Portugal está a um pequeníssimo passo, é que o Porto fica totalmente focado no seu principal objectivo que é a Liga Portuguesa. Faltam 11 jogos na Liga, 11 jogos em que se exige a vitória.
Danilo - O MVP da partida. Peseiro, faz-me um favor e dá a braçadeira ao moço. Mais um grande jogo do verdadeiro patrão desta equipa. Recuperou bolas, lançou ataques, foi novamente um animal em campo como são prova os 10 duelos individuais ganhos em 11. De longe, o jogador que mais se entregou ao jogo e o que menos merecia a eliminação.
Layún - O Miguel não sabe jogar mal e isso permite-lhe jogar em várias posições sempre com um elevado grau de competência. Fez mais um bom jogo, descaiu sempre que pode para o seu lado direito para cruzar mas desta vez não conseguiu nenhuma assistência. Admito que faço parte da TeamLayún.
Angél - Já toda a gente percebeu que o espanhol não tem categoria suficiente para um grande clube como é o nosso Porto. Não atacou, defendeu mal, deu espaços. Rafa da equipa B, em vez de ter sido emprestado à Académica, deveria ser a alternativa a Layún.
Aboubakar - Mais um jogo fraquinho onde não teve qualquer tipo de hipótese de causar estragos na defesa germânica.
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