Pragmático QB

Pragmático QB

sábado, 16 de janeiro de 2016

Boavista 0 vs FC Porto 1 - 13.01.2016 - Taça de Portugal

Dérbi à moda antiga.

3 dias depois da manita infligida pelo maior do mundo aos remendados, defrontamos novamente o Boavista, desta vez para a Taça de Portugal, desta vez num clima de verdadeiro dérbi nortenho. Foi a 6ª vez que as duas equipas se defrontaram para a Taça de Portugal no Bessa e a 3ª vez que o fizeram nos quartos-de-final desta prova. Foi também a 5ª vez que o Porto elimina os axadrezados, apesar de o ter feito pela última vez em 1988, num jogo que teve de ser decidido através de penáltis, depois do 0-0 no tempo regulamentar. Como curiosidade, dizer que o nosso actual treinador foi suplente mas entrou no inicio da 2ª parte. Este foi um jogo bem diferente da partida do campeonato, não que o Boavista tenha jogado muito melhor, mas entregou-se à guerra de uma forma completamente diferente.

Em relação ao jogo de Domingo para o campeonato, Rui Barros fez 3 alterações na equipa, André André ficou fora da convocatória por motivos físicos, entrando Evandro para o seu lugar e Varela e Hélton entraram para os lugares de Corona e Casillas. O Boavista levou a mal a manita e por isso entrou em campo de uma forma muito mais intensa e agressiva, ainda assim foi o Porto a criar o primeiro lance de perigo numa cabeçada de Coolbakar a responder a cruzamento de Layún. Por volta dos 15 minutos, o Porto começa a tomar conta do jogo e Evandro obriga Mika a uma boa defesa depois de um remate cruzado. O Porto mais uma vez e tal como há 3 dias atrás, acaba por chegar ao golo sem grandes sacrifícios por Brahimi, numa jogada em que Layún recupera a bola na linha de meio campo, solta para o argelino pedalar 3 vezes em frente à defesa e desviar de Mika em esforço e com um pequeno desvio. O Porto quase chega ao segundo num pontapé de canto marcado por Evandro e cabeceado por Marcano ao poste e o Boavista responde com um cabeceamento de Rúben que passa pertíssimo do poste. O jogo estava dividido mas é o maior do mundo que volta a estar perto do golo num remate de Herrera que Mika responde com uma boa defesa e a partida acaba por endurecer um pouco até ao intervalo. O Boavista voltou a entrar forte na segunda parte sem no entanto criar perigo na baliza de Hélton e foi o Porto que esteve perto de marcar quando Coolbakar dispara um míssil à barra. O jogo entra então num clima de guerrilha tão característico dos axadrezados e Imbula acaba por ser expulso fruto desse ambiente. Mesmo com menos um o Porto manteve o controlo do jogo até perto do final, altura em que Hélton tenta dominar com os pés um balão enviado para a sua área, perde a bola mas felizmente Uchedo é lento e não consegue marcar. Já nos descontos acontece um autêntico golpe de teatro quando Indi inocentemente carrega Abner pelas costas dentro da área. Na marcação do penálti, o menino tremeu e os 18 anos a mais do Helton permitiram-lhe fazer uma defesa fácil mas decisiva.

 

Helton - O MVP da partida. O trintão foi novamente decisivo, tal como o fez em toda a sua carreira. Pregou um enorme susto em cima dos 90 mas aquele penálti defendido naquelas circunstâncias desculpam tudo. A forma como no final do jogo reconfortou o Abner diz tudo da forma de estar do brasileiro no futebol e na vida.
Brahimi - Depois de 5 jogos em branco e de um jogo no Bessa em que esteve bastante discreto, o argelino foi a par de Helton, o jogador mais decisivo. Um golo à Brahimi estabeleceu o resultado final e a passagem às meias-finais da prova.
Herrera - Mais um grande jogo do mexicano. Correu, lutou, driblou, correu mais um bocado, correu com 11 e continuou  a correr com 10. 


Imbula - A expulsão é claramente forçada, ainda por cima se compararmos com entradas mais perigosas e que nem amarelo viram como no Sporting - Braga mas a verdade é que o francês fez tudo mal a partir do momento em que entrou para substituir Evandro. 
Indi - Um jogo bem conseguido até ao momento do penálti cometido num lance infantil e perfeitamente escusado.
Arbitragem - Uma dualidade de critérios gritante desequilibrou um jogo que estava perfeitamente controlado. 6 amarelos e 1 vermelho contra apenas um amarelo do Boavista não espelha o que se passou em campo, num jogo intenso e duro por parte das duas equipas.




Sem comentários: