A vitória que se impunha.
Como facilmente se tem percebido nos últimos confrontos entre portistas e maritimistas, ganhar ao Marítimo tem sido uma tarefa complicada, só comparável com um clássico e prova disso eram as 3 derrotas e 1 empate nos 4 últimos jogos com os insulares a contar para Campeonato e Taça da Liga. Se nos cingirmos unicamente aos jogos no Dragão, iremos perceber que o Marítimo fora da ilha é um oponente frágil e meigo que o melhor que conseguiu foram 2 empates em 36 jogos a contar para a Liga Portuguesa. Em dia de estreia dos 2 treinadores, o Porto precisava obrigatoriamente de ganhar, fosse de que maneira fosse, nem que para isso tivéssemos de ganhar 1-0 com um auto-golo. Foi uma vitória sofrida, suada, muito complicada e onde o golo do empate esteve quase tão perto como o da tranquilidade.
Peseiro não complicou mas também não tinha tempo para isso e colocou em campo o onze que tinha perdido com o Guimarães na última jornada, ou seja, o onze base/tipo de Lopetegui. O Marítimo que vinha de uma chicotada psicológica mas que levou bem menos tempo a encontrar um substituto para Ivo Vieira, entrou muito mais tranquilo em campo porque uma coisa é estar em 13º lugar a 8 pontos da linha d'água e outra bem diferente é estar em 3º lugar a 5 pontos da liderança. Marega, que depois de ter sido dado como certo em Alvalade, parece que afinal vai rumar ao Dragão, foi o primeiro a rematar à baliza de Casillas, depois de um alivio criminoso de Layún logo aos 3 minutos. O Porto responde pouco tempo depois por Brahimi que tenta enfiar a bola no buraco da agulha mas Salin responde com uma boa defesa. O Marítimo está perto de inaugurar o marcador por Dyego Sousa, num lance em que o brasileiro trabalha nem de costas para a baliza mas remata fraco e à figura. O jogo estava completamente dividido mas o Porto denotava muito nervosismo com inúmeros passes falhados. O Porto acaba por chegar ao golo numa jogada de insistência e quando consegue colocar na 5 jogadores azuis na área maritimista, André dispara à barra e Salin sem saber como confirma o golo. Na jogada seguinte Corona está perto do 2º golo, em mais uma jogada aos trambolhões com Maxi a pedir grande penalidade. Dyego Sousa está perto do empate com uma cabeçada fortíssima que "esbarra na barra", num lance em que o jogador portista mais próxima era, imagine-se, Brahimi. O jogo chega ao intervalo sem mais notas de destaque, embora tenha ficado a sensação que a lesão e posterior saída de campo de Marega, foi uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido ao maior do mundo. A 2ª parte foi bem mais calma com pouquíssimos lances de possível golo e nesse aspecto, Corona foi o único a estar perto do golo, numa jogada em que depois de ser cirurgicamente bem desmarcado por Danilo, obriga Salin à defesa da noite. Nada mais a registar, a não ser que foi uma vitória importantíssima e conseguida já depois de se saber que os 2 rivais também tinham ganho.
Maxi - O MVP da partida. Incansável como é hábito, prático a defender e fundamental a atacar. Está no lance do único golo da partida, apareceu na área inúmeras vezes e em 2 delas fica a duvida se haveria penálti ou não.
Aboubakar - Uma perfeitamente nulidade. 70 minutos em campo de nada. 0 duelos ganhos, o cruzamentos, 0 remates. O camaronês arrisca-se a perder a titularidade num piscar de olhos a jogar desta forma.
Mau jogo - Como facilmente se percebeu pelos 90 minutos de domingo passado, Peseiro tem muito, mas mesmo muito trabalho pela frente e com a agravante de ter de ser trabalho feito em plena competição. Os "vícios" Lopeteguianos estão tão entranhados no futebol portista que a equipa pratica aquele futebol no limbo que nem é carne nem é peixe, resultando numa amalgama táctica. Muitos passes errados, uma tentativa de passes longos nas alas que raramente saíram bem, uma dúvida existencial enorme entre o jogar curto e lento e o longo e rápido. Uma pausa para as seleções vinha tão a calhar.
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