Mais uma viagem à cidade Berço e mais um resultado negativo, tem sido assim desde Fevereiro de 2013, altura em que goleamos o Guimarães de Rui Vitória com 4 batatas, 3 delas marcadas pelo nosso saudoso Jackson Martinez. Desde esse jogo para cá, somamos 2 empates e 1 derrota, o que demonstra bem a dificuldade que tem sido ultrapassar o muro vimaranense nos últimos anos. No histórico de confrontos em 71 jogos para a Liga Portuguesa, somamos 33 Vitórias, 22 Empates e 16 Derrotas, o que trocado em miudinhos, dá uma taxa de sucesso de 46%, ou seja, ganhamos perto de metade dos jogos que fazemos em Guimarães. Fraco para quem tem sempre de ganhar.
Rui Barros apresentou um onze sem surpresas mas equipado com aquele traje cor de merda, o que discretamente indiciava que o jogo muito provavelmente iria dar merda, e deu. Sérgio Conceição, alheio ao folclore semanal, montou uma equipa de combate que raramente se deixou surpreender pela velocidade, ou falta dela, da equipa do Porto. Há jogos que não começam com o apito inicial, falo daqueles em que as 2 equipas andam naquele ram ram, a ver se chove ou faz sol e a estudar-se mutuamente (como se diz na gíria futebolística), mas não foi o caso deste Guimarães - Porto. Desta vez o jogo começou no inicio e aos 15 segundos o jogador neozelandês com nome de actor de cinema esteve pertíssimo do golo. O Porto e o Casillas não perceberam a dica e o Vitória chegou ao 1º e único golo da partida num lance à Casillas, que Bouba Saré não perdoa. Apesar do erro colossal do Iker, o Porto não abanou e tomou conta do jogo e esteve perto do golo por 2 ocasiões, primeiro por Corona e depois por André mas "ambas as duas" foram travadas pelo puto Miguel Silva. O jogo caminhou para o intervalo e só Danilo criou perigo de cabeça depois de um canto de Layún. A segunda parte começa mais tranquila e foi o Porto quem esteve muito perto de marcar num lance em que Failbakar faz de 3º central vimaranense e não consegue concluir da melhor forma um cruzamento de Layún. 10 minutos depois uma grande jogada entre Varela e Maxi proporciona uma boa ocasião de golo a Brahimi mas infelizmente remata ao lado. Varela foi o último a criar perigo num remate de fora da área que também sai ao lado.
Sem alma, sem chama, sem treinador e o futuro dirá se foi, sem campeonato. 4-13 em remates, 1-10 em cantos e 29-71% na posse de bola, números que se dependesse da estatísticas, teria feito com que goleássemos. A verdade é que não só goleamos como perdemos um jogo de forma justa, numa partida em que 90 minutos não chegaram para contrair a fífia de Casillas aos 4 minutos. Foi também um jogo para perceber que a inoperância de Rui Barros, embora seja o menos culpado no meio disto tudo, faz com que não possa continuar à frente do banco do maior do mundo.
Maxi - O MVP da partida. Não foi por ele que perdemos este jogo. Não tendo grande trabalho a defender, foi incansável a atacar e nas combinações com Corona e depois com Varela. Um poço de raça e força.
Brahimi - Na ala ou no meio fez o seu jogo habitual, muita bola no pé, muito um para um e algumas tentativas sem êxito de remate. Embora voltasse a complicar em alguns lances, fez o que pôde e a mais não foi obrigado.
Sérgio Conceição - Depois do que se falou e escreveu durante a semana (eu próprio o fiz quando soube da possibilidade de ele vir para o Porto), o treinador vimaranense fez uma flash-interview sincera e cheia de emoção.
Casillas - Mais um erro colossal e fatal, como tantos outros na sua longa carreira. Sempre o disse e vou continuar a dizer, o espanhol nunca foi aquilo que se pintava dele e não é por ter vindo para o maior do mundo que vou mudar de opinião. Diga-se o que se disser, o Casillas não está feliz no Porto, prova disso é a sua constante expressão de tristeza durante os jogos. Neste jogo, para além do lance capital, somou intervenções nervosas no pouco que teve de fazer.
Aboubakar - Mais um jogo em que fez pouco e o que fez, fez mal. Com Suk a chegar cheio de vontade, o camaronês tem a vida muito complicada no futuro.
Rui Barros, Falta de Vontade e Raça - O Baixinho é quem tem menos culpa no meio disto tudo e só por isso lhe perdoo o facto de desde muito cedo no jogo, toda o portista ter percebido que equipa e treinadores não seriam capazes de dar a volta a mais um jogo em que começamos a perder. A Direcção da SAD Portista cedeu à pressão de adeptos e imprensa, ao despedir Lopetegui sem sem ter uma alternativa já idealizada e pensada porque pior que ter Lopetegui no banco, é não ter ninguém.
Sem comentários:
Enviar um comentário