O Dérbi cabeça de cartaz da Invicta teve mais um feliz episódio no passado Domingo. Se é certo que é um dos jogos que despoleta maior frisson na região norte, também é inegável que este Boavista versão Erwin está transformada numa das equipas mais fracas da primeira liga, muito longe do Boavista dos anos 90. O histórico no Bessa não deixa duvidas, é e sempre será uma viagem complicada para o maior do mundo, prova disso mesmo são as 28 vitórias do Porto em 53 jogos do Porto. Os 0-5 não deixam margem para segunda opinião, foi um jogo de sentido único.
O pequeno grande Rui Barros com 2/3 dias de treino não inventou e optou pelo mesmo onze que tinha feito um jogo paupérrimo com o Rio Ave. O jogo não teve muitas oportunidades de golo na primeira parte e as que teve foram todas na baliza do redes boavisteiro. O Porto nunca deixou de ter o controle do jogo, controlou ritmo e espaço e chegou ao golo de forma naturalíssima por Herrera, no primeiro lance de real perigo, um grande passe de André desmarca o mexicano que domina de peito e com um toque subtil desvia de Gideão. Foram precisos mais 25 minutos para ver nova oportunidade de golo, desta vez Brahimi não conseguiu enganar Gideão depois de ter sido solicitado pelo Coolbakar. Em cima do intervalo, Coolbakar cabeceia por cima depois de canto de Layún e está resumido aquilo que foi a primeira parte no Bessa. Herrera foi claramente o melhor do jogo nesta primeira parte e Brahimi o portista que esteve uns furos abaixo. A 2ª parte foi mais do mesmo, Porto em cima do Boavista, os remendados a tombar que nem tordos, e o Porto a marcar sem grande esforço. Coolbakar poderia ter marcado depois de um passe de excelência de André mas permite defesa de Gideão que ia adiando a catástrofe. Farto de esperar, Corona recebe a bola de Maxi, vai para cima da defesa, abusa sobre 2 defesas com uma troca de pés e marca de pé esquerdo um golo de antologia. Passaram 10 minutos e o Brahimi decide por uma vez na vida jogar simples, desmarca Layún que cruza de trivela para o Coolbakar também de primeira, fuzilar a baliza. O Porto demonstrava uma eficácia tremenda e que tanta falta fez em muitos jogos esta época. A 10 minutos do fim, Danilo sem grande trabalho na sua zona de acção, decide galgar pela direita e cruzar impecavelmente para a tola do Happybakar. O Porto abrandava mas nunca deixou de tentar ampliar a vantagem e já nos descontos Danilo marca com muita classe, depois de canto de Layún.
Herrera - O MVP da partida. Talvez o melhor jogo do médio mexicano este ano. Um golo repleto de classe e um jogo imenso, a defender e a atacar. Herrera foi omnipresente e por isso, o patinho feio da massa assobiativa portista foi por um dia cisne.
Corona - Quando se marca ou golo de antologia, tudo o resto passa para segundo plano. Corona atravessa um grande momento de forma e isso reflecte-se em tudo o que faz. A ala direita com Maxi e Herrera foi destrutiva.
Aboubakar - Uma perdida na cara do golo indiciava mais uma noite perdulária mas o Coolbakar redimiu-se e marcou 2 golos plenos de oportunidade. Sorriu, agradeceu aos adeptos, espantou os espíritos malignos que o assombram e festejou com André no banco. Grande jogo.
Danilo - A posição 6 é definitivamente dele e ainda bem porque o Porto tem muita tradição naquela posição. Fartou-se de lutar, recuperou bolas, encheu o campo e como se não bastasse ainda teve tempo para fazer uma assistência e um belo golo.
Layún - O Miguel é isto mesmo, em 80% dos jogos do campeonato não terá grande trabalho a defender e será sempre fundamental a atacar. Somou mais 2 assistências e consolidou a sua 1ª posição neste capitulo na Liga Portuguesa.
Marcar cedo - Mais uma vez o facto de marcarmos cedo foi fundamental para impor o nosso ritmo.
Pós-Lopetegui - Rui Barros em 2/3 dias não teve tempo de mudar grande coisa a nível táctico mas acredito que tenha feito um bom trabalho a nível mental. A equipa soltou-se de certa forma das amarras e praticou um futebol mais directo e simples e menos lateralizado. A eficácia foi também fundamental, ao contrário do que tem sido apanágio esta época. Gostei também da forma como a equipa festejou os 5 golos, sempre todos juntos e com o banco. As coisas não têm saído bem no campo mas pelo menos nota-se uma clara união.
Brahimi - O pior do Porto. Mais um jogo em que se perdeu demasiado em rodriguinhos e esqueceu-se do fundamental, jogar e fazer jogar.
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