Pragmático QB

Pragmático QB

sábado, 28 de março de 2015

Abril, jogos mil.


Abril será um mês de muitas decisões, senão todas. Liga dos Campeões, Taça da Liga e Liga Portuguesa serão disputadas neste próximo mês, com mais ou menos responsabilidades.  Cronologicamente, Marítimo, Estoril, Rio Ave, Bayern Munique, Académica, Bayern Munique, Benfas (Final da Taça da Liga?) e Benfas novamente, serão as batalhas a travar num mês que certamente será intenso, violento, cansativo, mas que todos desejamos e esperamos que seja épico. 7 jogos agendados, com a possibilidade de serem 8, caso o Porto vença o Marítimo na meia-final da Taça da Liga.

O adversário da Champions é a chamada "fava", muito possivelmente, o mais forte clube do futebol mundial actual. Uma equipa que em 43 jogos em todas as competições e com 117-26 na diferença de golos marcados/sofridos, perdeu 4 vezes em 3 competições diferentes. Historicamente nem é dos ossos mais duros de roer como abordei aqui, mas será sempre uma eliminatória onde teremos de fazer dois jogos absolutamente transcendentes para seguir em frente. O Bayern, ao contrário do Porto, está numa situação completamente desafogada em relação à Liga Alemã, 1º lugar com mais 10 pontos que o 2º classificado Wolfsburg, o que lhe permitirá gerir melhor o plantel para os 2 jogos da Champions. Robben e Ribery estão em risco, o que não deixa de ser uma excelente noticia.

Sobre a Taça da Liga, as opiniões da Bluegosfera não são unânimes, nem nunca serão. Lopetegui pediu dispensa de Aboubakar, Herrera, Gonçalo e Ricardo das respectivas selecções, para poderem viajar mais cedo para a Invicta com o objectivo da sua utilização no jogo contra o Marítimo, o que significa que vai encarar a meia-final com uma equipa o mais próxima possível da equipa base. Das 3 derrotas sofridas esta época, o Marítimo infligiu-nos uma delas, o que só por si servirá de aviso para esta batalha. Foi um jogo atípico, que o Porto dominou, criou várias situações de golo iminente mas sofreu o golo da derrota no único remate da equipa insular à baliza de Fabiano. Seguiram-se 7 vitórias seguidas sem sofrer golos, o que significa que se tirou algo de positivo de um momento negativo.

Estoril e Académica em casa e Rio Ave e Benfas fora, são os 4 jogos para o campeonato. Em relação aos jogos em casa, a nossa vida está teóricamente facilitada, o Estoril não costuma ser um adversário complicado - 22 jogos em casa, 16V, 5E, 1D, com a curiosidade dessa mesma derrota ter acontecido na época passada sob o comando de Paulo Fonseca - e com a Académica o histórico também é altamente favorável - em 62 jogos em casa, 48V, 9E, 5D - apesar da Briosa estar em clara recuperação desde que o treinador José Viterbo assumiu o cargo de treinador principal - 5 jogos, 3V, 2E. O problema está claramente nos 2 jogos fora, o Benfas é o Benfas e não precisa de dados estatísticos para explicar a dificuldade de jogar na Luz, e o Rio Ave costuma-nos criar dificuldade nos Arcos, 20 jogos e apesar do Porto só ter perdido uma vez, tem 8 empates e 11 vitórias, ou seja, o Porto não ganha quase 50% dos jogos em Vila do Conde. Se juntarmos a isto, a recente e justa vitória sobre o Benfas, estão reunidos factos para um jogo muito complicado.

Como se pode comprovar com números, estatísticas e história, teremos um mês de Abril rico em dificuldades e emoções. Perfeito seria ganhar a Taça da Liga, passar o poderoso Bayern e chegar às meias-finais da Champions e, partindo do principio que chegamos ao jogo da Luz na situação actual, ganhar ao Benfas por 3-1, realidade que embora não seja virtual, dificilmente será concretizada. O foco e objectivo principal deve ser o campeonato, e se houver gestão e rotatividade terá de forçosamente ser feita na Champions e Taça da Liga. É o mês do tudo ou nada e porque não sonhar quando se é Portista?

Calendário de Abril:

Marítimo vs FC Porto - 02.04.2015 - Taça da Liga
FC Porto vs Estoril - 06.04.2015 - Liga Portuguesa
Rio Ave vs Porto - 12.04.2015 - Liga Portuguesa
FC Porto vs Bayern Munique - 15.04.2015 - Liga dos Campeões
FC Porto vs Académica - 19.04.2015 - Liga Portuguesa (?)
Bayern Munique vs FC Porto - 21.04.2015 - Liga dos Campeões
FC Porto vs Benfas - 25.04.2015 - Final Taça da Liga (?)
Benfas vs FC Porto - 29.04.2015 - Liga Portuguesa

domingo, 22 de março de 2015

Nacional 1 vs FC Porto 1 - 21.03.2015 - Liga Portuguesa


Favor retribuído.

Tremenda desilusão, não há outro estado de espírito nem outro sentimento, que não seja o de desilusão, depois da noite de ontem. O Rio Ave fez-nos o jeito e disse "tomem lá, agora façam a vossa parte". Infelizmente e contra tudo o que era expectável, não fizemos a nossa parte, e sendo assim retribuímos o favor que o benfas nos fez à sensivelmente 2 meses atrás, quando perdeu em Paços Ferreira, após a nossa derrota nos Barreiros. Dizem que a Madeira é uma ilha lindíssima, não conheço, nunca lá fui, mas desportivamente é um lugar que nos traz dissabores ano após ano. Após a jogo do Marítimo, somamos 7 vitórias, todas elas sem sofrer golos, espera-se e deseja-se agora, nova marcha triunfal até final do campeonato.


Empatamos no jogo de ontem e somamos um ponto que nos coloca numa situação mais desafogada e a dependermos unicamente de nós, situação que tal como afirmou no nosso Mister Julen, já não acontecia à 4 meses. Um encurtar de distâncias terá sempre de ser visto com bons olhos, embora as expectativas fossem muito elevadas depois do tropeção nos Arcos do nosso maior rival. São 3 pontos de distância, depois de terem sido 6 e com a hipótese real de serem 9. "Grão a grão. enche a galinha o papo", já dizia o outro.

Embora os jogos na Choupana - e na Madeira no geral -  sejam tradicionalmente difíceis, não se pode dizer que o histórico de confrontos seja desfavorável ao Porto, muito pelo contrário. Antes do jogo de ontem e em 16 jogos a contar para a Liga Portuguesa, o Porto somava 11 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, com a curiosidade que uma dessas derrotas (2-1) tinha acontecido na época passada.

O Porto entrou em campo depois do conhecer o resultado do jogo do benfas, e sinceramente não sei o que é pior, se encarar os jogos com a pressão de ganhar porque o nosso rival também ganhou, se encarar os jogos com a pressão de ganhar porque o nosso rival perdeu. Agora e depois do jogo acabar pode-se concluir que o Porto joga melhor quando o rival ganha. Conclusão fácil, ao nível da "prognósticos só no fim do jogo". A equipa entrou bem em campo, tranquila e sem pressa de chegar á baliza insular. Primeira parte sempre controlada, embora sem grandes ocasiões de golo e quando o Tello meteu a redondinha na rede de Gottardi, ficamos com a ideia que o mais difícil estava feito e que o golo tinha surgido cirurgicamente no momento certo. O "stôr" Nelo Machado deu o chá ao intervalo e o Nacional apareceu transfigurado na segunda parte. Foi muito mais perigoso através de 3/4 contra-ataques venenosos, um deles deu golo, e outro só não deu porque o luso-angolano Lucas Eduardo Santos João - digo o nome todo porque é um jogador que depois daquele falhanço, me merece grande respeito - rematou por cima da barra na cara de Hélton. O jogo estava completamente partido, fruto de uma desunião na equipa do Porto. Danilo ainda rematou ao poste já depois de Maicon também ter feito a bola beijar a barra. O resultado não se alterou até final, apesar do esforço inglório de Quaresma.




Maicon - O MVP da partida. Desta vez o brasileiro superiorizou-se ao seu colega de sector Marcano. Imperial no jogo aéreo, limpou tudo na sua zona de acção. Podia ter marcado um golo de livre directo mas infelizmente para ele e para nós portistas, a bola esbarrou na trave.
Tello - Um jogo de altos e baixos. Marcou um belo golo, o 5º nos ultimos 4 jogos, o que diz bem do que tem sido a importância do extremo nestas fase da época. Na 2ª parte desapareceu, tal como o resto da equipa.
Quaresma - Entrou aos 73 minutos quando todo o portista já tinha percebido que Brahimi não estava em campo há muito tempo. A sua entrada apesar de tardia, ainda foi a tempo de vermos um Quaresma desequilibrante, que tudo fez no lado direito para que o resultado fosse outro.



Alex Sandro - Culpas directas no lance do golo ao não se aperceber da entrada do adversário nas costas. Pareceu-me muito cansado a partir do meio da 2ª parte.
Brahimi - Mais um jogo muito fraco do argelino. Desde que voltou da CAN, são mais os jogos fracos do que aqueles em que se destaca positivamente. Não conseguiu um desequilíbrio no 1 vs 1.
Rúben Neves - Lopetegui tem apostado no menino quando é preciso congelar o jogo e dar mais critério de passe ao jogo portista. Ontem entrou para o lugar do amarelado Casemiro com o objectivo de ser um tampão à frente da defesa. Não só não o conseguiu, como a sua entrada coincide com o inicio das cavalgadas do Nacional em direcção à nossa baliza.
Quintero -  30 minutos em campo, 30 minutos de nada.
Condição Física - Tenho elogiado a saúde física da equipa, mas ontem pareceu extremamente cansada. Tello, Aboubakar e Alex Sandro são o maior exemplo disso.
Lopetegui - O nosso Mister tem levado festinhas, hoje leva porrada. Demorou muito tempo a perceber que Brahimi não estava em campo e entendo a substituição de Casemiro por causa do amarelo mas a verdade é que o Nacional sem o panzer brasileiro à frente perdeu-nos completamente o respeito.






sexta-feira, 20 de março de 2015

Bayern, um sentimento agridoce.


O sorteio para os quartos de final da Champions League foi hoje. Acho um absurdo dizer-se que nesta fase não interessava qual o adversário que nos poderia sair porque são todos difíceis. Sim, é verdade que se fazes parte dos 8 melhores da maior prova europeia de clubes, é porque de uma maneira ou de outra tiveste mérito e foste melhor que os adversários que te foram aparecendo no caminho, mas não deixa de ser menos verdade que nos 7 possíveis clubes a jogar com o Porto, havia uns bem mais difíceis que outros. O sorteio não foi nada meigo, e atirou-nos aos tubarões bávaros de Munique.

Será uma eliminatória com um misto de sentimentos. Se por um lado as recordações são muito boas em relação a 1987, ano em que fomos pela primeira vez campeões europeus à custa deste mesmo Bayern, em 2000 o sentimento inverte-se depois de uma eliminatória onde fomos criminosamente roubados no jogo na Alemanha. O Bayern é neste momento, muito possivelmente a melhor equipa do mundo, e certamente, não será por falta de ambição e motivação que a melhor equipa portuguesa neste cantinho à beira mar plantado não passará às meias finais da maior prova europeia de clubes.

Miguel Prates, a propósito da Final de Viena em 1987:

"Fiz a narração do jogo ao lado do Ribeiro Cristóvão e é um dia que nunca me vou esquecer, porque essa foi a minha estreia internacional. E logo num jogo daquela dimensão. Foi deslumbrante para mim e acabou por ser o momento mais marcante da minha carreira. Apesar de já ter estado numa final europeia, em 1984, o Porto não era uma equipa da alta-roda europeia e o Bayern era um colosso. Ainda por cima, o Prater estava lotado com adeptos alemães.
Ao intervalo, o Artur Jorge fez uma lavagem ao cérebro dos jogadores e o Porto surge transfigurado, começa a acreditar que era possível virar o jogo. E depois houve aqueles momentos mágicos, que todos os portugueses se lembram: o golo de calcanhar do Madjer (77 minutos) e o do Juary (79), que sentenciou a partida. Aquilo foi uma autêntica loucura. Era um clima mais intimista, havia uma outra relação entre as pessoas, havia menos concorrência. Lembro-me que éramos todos das mesmas cores: azul-e-branco. Depois da vitória, as pessoas choraram, gritaram foi indescritível."


Época 86/87 - Taça dos Campeões: F.C... por paulobizarro


Em 2000, depois do empate a 1 golo nas Antas (Jardel aos 47 minutos e Paulo Sérgio aos 80), viajamos para a Alemanha com a plena convicção que era possível eliminar os Alemães, eu pelo menos assim acreditava. Lembro-me que os defesas alemães amassaram o Jardel de todas as maneiras e feitios com a benevolência do arbitro escocês Hugh Dallas. Paulo Sérgio voltou-nos a marcar aos 15 minutos, Jardel (sempre ele) respondeu com o empate nos descontos, mas acabamos por sofrer o golo da derrota por Thomas Linke mesmo no final da partida. Foi um jogo em que fiquei revoltado óbviamente pela derrota, mas principalmente pela arbitragem altamente caseira.



Por incrível que pareça e dado que são 2 clubes que habitualmente marcam presença nesta competição, têm apenas 5 jogos entre si. O saldo é desfavorável ao Porto, embora não se possa dizer que o Bayern seja uma espécie de besta negra. Nos 5 confrontos oficiais, temos 2 derrotas, 2 empates e 1 vitória, com a curiosidade que essa mesma vitória foi conseguida na Final de Viena.

Restantes jogos:

quarta-feira, 18 de março de 2015

Machadada no Cosme.

No passado dia 21.01.2015, a propósito do jogo Braga - Porto a contar para a Taça da Liga, escrevi uma pequena opinião do que tinha sido a arbitragem lastimável do árbitro Cosme Machado:

"O Machado era grande, mas a raça foi maior.

Um jogo que se previa tenso, disputado e equilibrado entre duas equipas, que embora fizessem muitas alterações naquelas que são as suas equipas base, tinham grandes expectativas de vitória. Mas, infelizmente o protagonista máximo da Pedreira desta vez não foi Jackson, Óliver, Quaresma, Éder, Rafa ou Pardo, foi sim o senhor Cosme Machado, que para além do seu nome sui generis, optou por uma postura "sui horribilis". Não querendo pormenorizar em demasia a actuação do árbitro, porque não é esse o meu modus operandi, é justo dizer que no jogo de ontem, a arbitragem revelou falta de zelo, falta de bom senso, falta de critério e principalmente, uma tremenda falta de categoria e qualidade."
  
Ontem, passados quase 2 meses após a data do referido jogo, soube-se não só que o Futebol Clube do Porto tinha apresentado uma queixa/denúncia, mas que a Comissão de Análise e Recurso deu razão ao clube acerca dessa mesma denúncia. Como argumentação, o Porto usou 4 casos do jogo onde se sentiu lesado:
 
                                    (Imagem retirada do Blog Tribunal do Dragão)

segunda-feira, 16 de março de 2015

FC Porto 1 vs Arouca 0 - 15.03.2015 - Liga Portuguesa

Foi a vitória possível.

Bem mais do que a "nota artística" e dadas as circunstâncias, foi um excelente resultado. Estamos numa situação em que temos de ganhar todos os jogos, seja de que maneira for, com 11, com 10, contra 11, contra 14, depois de um grande jogo europeu, antes de um jogo europeu, sempre, no matter what, até final de campeonato. Terça-feira passada fizemos uma grande exibição, é inegável, mas foi um jogo que embora ganho com algum à vontade, deu muito trabalho. Esse mesmo esforço despendido contra o Basileia, aliado a 80 (!) minutos a jogar com menos um, fez com que o jogo fosse o possível, embora com uma vitória inteiramente justa. Os 68% de posse de bola ao intervalo e 61% no final do jogo demonstram que a equipa menos com 1 elemento, consegue manter a sua ideia de jogo. 7ª vitória seguida, sem sofrer golos.

O jogo de hoje começa de forma completamente diferente de todos os outros jogos feitos no Dragão, esta época, ou seja, o adversário do Porto não só foi o primeiro a rematar, como o fez no primeiro minuto de jogo. O jogo manteve-se enrolado no meio campo, até que o Porto consegue uma boa jogada de ataque pelo lado esquerdo através de Aboubakar que já dentro da área passa para o Herrera, que em boa posição de tiro, remata contra um defesa do Arouca. Canto para o Porto, contra-ataque do Arouca, expulsão do Fabiano. Cronologia fodida, digo eu, e os fantasma do jogo contra o Boavista a reaparecerem. Foi um belo soco nos queixos da equipa que demorou uns bons 10 minutos a acertar agulhas. Após este golpe, o Porto voltou a ser Porto, fez uma boa 1ª parte e criou 2 boas oportunidades de golo, primeiro por Óliver e depois no cabeceamento de Aboubakar que só parou nas redes de Goicoechea. Estava feito o mais difícil, o golo que tranquilizava as tropas e que permitiria encarar a 2ª parte de uma forma mais contida. Ao intervalo Lopetegui não fez substituições mas mexeu na disposição da equipa, colocou Herrera a defesa direito, jogando unicamente com Óliver e Casemiro no meio numa espécie de 4-2-3. Parece-me que as mudanças não resultaram, a equipa estranhou e só a entrada do menino Rúben repôs a organização na equipa. O Porto conseguiu com mais ou menos esforço manter o jogo longe da baliza de Hélton e acabar o jogo de forma relativamente descansada.


Quaresma - O MVP da partida. Muito provavelmente o melhor jogo do Harry esta época. Dei cabo dos rins ao Balliu durante os 75 minutos que esteve em campo. Quaresma está um jogador adulto, como nunca esteve, mérito de Lopetegui. Cruzou, fintou, pressionou, defendeu, rematou, colocou com toda a precisão do mundo a bola na tola do Aboubakar, e revelou uma excelente saúde física.
Brahimi - Gostei muito do mágico argelino mais pelo que fez a defender, do que pelo que fez no ataque, embora isso não invalide que tenha sido um dos grandes impulsionadores do ataque portista. Fechou muito bem o lado esquerdo, ajudando o Alex Sandro como não me lembro de o ver fazer esta época. Depois destes ultimos 2 jogos voltou a ganhar a titularidade.
Aboubakar - O que pedir mais ao nosso 2º avançado? 3 jogos após a lesão do Jackson, 1 assistência e 2 golos. Jackson é um avançado fenomenal mas pelo que o Vincent tem mostrado, a sucessão poderá não ser tão difícil como inicialmente se poderia pensar.
Hélton - As circunstâncias não foram as mais felizes mas de qualquer das formas, é muito bom ver o capitão na baliza. A forma sempre tranquila e segura como encara cada cruzamento, cada defesa, cada lance em que é obrigado a jogar com os pés deixa-nos descansados e com o sentimento que nada de mau poderá acontecer ao Porto. Fez uma defesa criminosa e negar o empate. Vénias para ti, Arruda.


Fabiano - A expulsão é para mim, exagerada. Ponto. À parte disso, se o nosso guarda-redes sai da baliza, como o fez 2/3 vezes no jogo contra o Basileia, tem de ter a certeza absoluta que chega à bola. Não chegando, ou é comido pelo avançado, ou faz uma falta que o expulsa e nos coloca numa situação muito ingrata. Viu vermelho, não jogará por castigo na Choupana e veremos se jogará no próximo com o Estoril.
Pouco mais se poderá apontar a uma equipa que joga com menos um a partir dos 10 minutos.

Um pequeno aparte que nada tem a ver com o jogo de hoje, a conferência de imprensa do Sérginho:










quinta-feira, 12 de março de 2015

FC Porto 4 vs FC Basel 0 - 10.03.2015 - Liga dos Campeões

4 pedradas com sabor a chocolate.

Mais uma grande noite europeia, e felizmente já são muitas nestes 122 anos de história azul e branca. Bons momentos de futebol, grandes golos, adeptos lado a lado com a equipa, tudo ingredientes que tornaram a noite no Estádio do Dragão, mágica. O Futebol Clube do Porto está merecidamente nos quartos-de-final da maior prova de clubes, depois de uma eliminatória disputada contra um adversário, que embora mais frágil, obrigou a nossa equipa a arregaçar as mangas e encarar as duas mãos com toda a seriedade que se exigia.

Depois do empate a um golo em Basileia, o Porto entrou cauteloso no jogo, muito à imagem dos recentes jogos com o Sporting em casa (3-0) e Braga na Pedreira (0-1). Foram 10 minutos de jogo tremidos que permitiram ao Basileia dividir a posse de bola sem no entanto haver situações de golo em ambas as balizas. O 1º momento mágico do Porto chega de livre directo por Brahimi na primeira oportunidade de golo do Porto, depois de uma recuperação de bola de Casemiro - e foram tantas e tantas - que obriga a defesa suíça a fazer falta sobre Tello. Estava feito o mais difícil logo aos 14 minutos, desbloqueando o jogo e obrigando o Basileia a sair um pouco mais da toca. Logo a seguir acontece o lance caricato da noite mas felizmente a equipa não tremeu com o choque arrepiante do Danilo com o Fabiano, que fez com que o capitão saísse de campo com grande aparato. O Porto cria mais duas boas oportunidades de golo por Tello, que faz uma espécie de remate/cruzamento, e por Aboubakar que disfere um míssil de fora da área. O intervalo chega com a vantagem mínima mas com o jogo controlado. A 2ª parte serviu para vermos mais 3 grandes golos, para levarmos mais porrada e para percebermos que este Porto, embora não seja a melhor equipa do mundo, pratica um futebol seguro, que nem sempre deslumbra, mas que é competente. 

Segue-se mais uma eliminatória contra um adversário ainda desconhecido, mas que independentemente da sua grandeza, permitirá mostrar mais uma vez à Europa do futebol a categoria deste clube. Sei como a época começou, sei como está actualmente, mas não sei como irá acabar, ainda assim, é seguro afirmar que estão criadas as bases para um presente e futuro que certamente trarão muitos sucessos ao nosso clube.


Casemiro - O MVP da partida. Seguramente o melhor jogo do brasileiro ao serviço do Porto. Só o facto de ter marcado um golo épico, já chegaria para esta distinção mas o trinco portista foi muito mais do que isso. Foi um autêntico animal selvagem (no bom sentido) em campo, ganhando praticamente todos os duelos individuais e recuperando trilhentas mil bolas. Um bicho que a julgar pelo jogo de ontem está plenamente adaptado à posição 6. Uma exibição que apaga parte das criticas que têm vindo a ser feitas desde o inicio da época.
Herrera - Mais um belo golo do meu mexicano preferido, o 3º na Champions. Um jogo onde voltou a falhar alguns passes, facto que não apaga uma exibição muito esforçada. É também ele que faz o corte que permite ao Aboubakar marcar o golo. 
Brahimi - O argelino não consegue perder o vicio de fintar meia equipa adversária antes de soltar a bola, embora desta vez o tenha feito com muito mais critério. Foi um diabo à solta, desesperando os suíços que se fartaram de lhe dar porrada. De longe o melhor jogo do Yacine no pós-CAN.
Aboubakar - O jogador do Porto por quem eu mais torcia que fizesse um grande jogo e felizmente o camaronês não desiludiu. Todo o Portista sabe que o Vincent não é o Martinez, mas a verdade é que o avançado fez um belo jogo. Não tem a capacidade (ainda) de jogar de costas para a baliza do colombiano, mas não fica a perder em nada na capacidade de luta e entrega ao jogo, estando uns furos acima na capacidade de remate como se viu no lance do golo. Um excelente aperitivo para o próximo mês.
Maicon e Marcano - Os M&M's foram novamente enormes. Uma dupla cada vez mais solidificada. Novo jogo sem sofrer golos, novo jogo em que limparam quase tudo o que lhes aparecia à frente. Um mimo para a equipa, uma dor de cabeça para o Indi.
Bolas paradas - Embora com execuções muito diferentes, foram 2 grandes golos de livre directo. O de Brahimi mais em jeito, o do Casemiro mais em potência. Depois de alguns anos órfãos de bons executantes, parece que finalmente podemos confiar nestes 2 jogadores e também em Tello para a cobrança de bolas paradas.
Festejos dos golos - Gostei muito de ver a forma como o Brahimi e também o Herrera festejaram os golos, num misto de alegria e raiva. Têm sido 2 jogadores algo apagados nestes ultimos tempos e esta é a melhor forma de calar as criticas.
Saúde - É impressionante a forma física desta equipa, que fruto da rotatividade (ou não) no inicio de época, permite-lhe agora acabar os jogos sempre em pressão alta, sempre sufocando os adversários.
Golos de antologia -  4 grandes golos, todos diferentes. O melhor para mim, o do Casemiro.



Difícil falar em aspectos negativos em jogos como este, mas como adeptos exigentes que somos, consegue-se sempre encontrar alguns aspectos que tenham salpicado a nossa exibição de forma menos boa. Um deles foi o amarelo ao Marcano, cartão perfeitamente escusado e que o retira da 1ª mão do próximo jogo europeu. Se estivemos eficazes nos livres directos, continuamos a pecar no défice de aproveitamento de cantos e livres indirectos. Embora todo o aparato do choque, felizmente confirmou-se que a lesão do Danilo não passou de um arrepiante susto. Não jogará contra o Arouca mas estará disponível para o próximo jogo.
Tello - O espanhol vinha de 3 grandes jogos, o que fazia com que as expectativas fossem muitas. Não jogou mal, embora tivéssemos ficado com a ideia que fez pouco em comparação com as mais recentes exibições.
Jogar de pau na mão - Ao contrário de equipas como o Atlético, que jogam à imagem do seu treinador, não se pode dizer o mesmo deste Basileia, que é a antítese do que o Paulo Sousa era em campo. Nos 2 jogos, os suíços bateram em tudo o que mexia, ficando por mostrar 2/3 vermelhos, sendo o Samuel o maior expoente desta forma de jogar.









segunda-feira, 9 de março de 2015

Terça-Feira, 9 de Março de 2004.

Como portista, tive a felicidade de viver grande momentos, todos eles especiais por motivos diferentes. Tinha 10 anos quando o "pequeno" Porto derrubou o colosso europeu Bayern, e com essa idade é impossivel perceber a grandiosidade desse feito. A partir de 1987, as alegrias aconteceram uma após outra, ora por obra do Jardel em San Siro, ou pelos 5 secos contra o Werder Bremen, os outros 5 secos na Luz e em casa contra o Benfas, o jogo épico contra o Larsson em Sevilha, o limpar o cú a meninos contra o Mónaco, o Falcao a voar mais alto em Dublin, e mais recentemente, o famoso golo do K92vin.

Destaco estes, embora tenha havido muitos mais, momentos esses que tenciono destacar mais tarde num outro post, mas nenhum, repito, nenhum me fez vibrar tanto como o golo do Costinha contra o meu 2º amor. Quando o Benny começou a ajeitar a redondinha para marcar o livre, senti que aquele era o momento, tive uma visão, seria golo do Porto. Chamei a minha esposa, que estava na cozinha a fazer o jantar, descrente da nossa passagem aos Quartos de Final, e disse-lhe: "Marta, anda cá, vai ser golo do Porto!". O resto da história toda a gente conhece, o Benny chutou colocado, o nosso amigo Howard defendeu para a frente, e o Costinha, à Matador encosta lá para dentro. A equipa festeja efusivamente junto à bandeirola de canto e o Zé Mário sai disparado do banco e faz 50 metros aos saltos para se juntar aos nosso guerreiros. Estava feito o empate a uma bola, e o resultado que nos dava a passagem à próxima fase, depois do 2-1 da 1ª volta. A ver futebol, só me senti mal 2 vezes, a última foi com o golo do K92lvin e a primeira foi com o momento mágico em Old Trafford. Faz hoje 11 anos.


sábado, 7 de março de 2015

Braga 0 vs FC Porto 1 - 06.03.2015 - Liga Portuguesa

Foi preciso tirar 72 pedras do caminho.

As duas equipas chegavam à batalha da Pedreira com um cartão de visita brilhante - 5 vitória nos ultimos 5 jogos, com um score de 10-1 no caso do Braga e 13-0 no caso do Porto - e se juntarmos a isso a necessidade extrema de ambas as equipas ganharem, embora com objectivos diferentes,  estavam reunidas as condições para assistirmos a um grande jogo de futebol. Mas, puro engano, só uma equipa jogou, só uma equipa quis ganhar, só uma equipa fez um grande jogo. 33-67%  na posse de bola e 2-16 nos remates são números que revelam a superioridade portista. O Porto continua na luta à custa de uma raça, força e espírito de sacrifício inolvidáveis.

No jogo contra o Sporting, o Porto tinha jogado uns 20-25 minutos nervosos, com algumas perdas de bola, deixando o Sporting manter o jogo equilibrado e longe da sua baliza. Em Braga esse período repetiu-se, embora tenha durado apenas 10 minutos, altura em que o Braga foi superior e mesmo não nos tendo criado problemas perto da nossa área, foi sempre um adversário chatinho. Após esta fase menos boa, o Porto tomou completamente conta das operações e partiu para uma exibição fortíssima no nível defensivo e com momentos de muito bom futebol no que ao ataque diz respeito. É impressionante como o Porto consegue ser "mandão" e autoritário em jogos de elevada dificuldade como o de ontem e o do passada domingo contra o Sporting. Embora o nosso caríssimo Sérgio Conceição tenha afirmado no final do jogo que o resultado mais justo seria o empate, nunca o poderemos levar a sério depois do que se viu na Pedreira durante os 90 minutos. Vitória suada e lutada que embora tenha acontecido pela margem mínima, revelou sempre um Porto muito superior ao Braga em todos os aspectos do jogo.

Estamos na luta, a um ponto do Benfas, e à espera daquele tropeção que nos permita dependermos unicamente de nós para a conquista do caneco em Maio. O nosso rival nestas últimas semanas tem vindo a público com algumas manobras de diversão que tentam insinuar que o principal beneficiado das arbitragens esta época é o Futebol Clube do Porto, movimentações ridículas que só revelam um sentimento de pânico e desespero em relação à proximidade da nossa equipa.



Atitude da equipa - Depois da derrota na Madeira, o fim estava próximo, mas o tropeção do Benfas na Capital do Móvel foi o balão de oxigénio que nos permitiu encarar o restante campeonato sempre com uma atitude ganhadora. Após o tropeção nos Barreiros, somamos 6 vitórias com 14 golos marcados e nenhum sofrido.
Tello - O MVP da partida. 4 golos nos 2 últimos jogos contra adversários como o Sporting e Braga são sinónimo de um acréscimo, não de forma mas sim de confiança, principal problema do espanhol. A qualidade sempre esteve lá, faltavam níveis de confiança de lhe permitissem encarar adversários e baliza da forma implacável que tem demonstrado. No flash-interview disse.. "Eu sempre disse desde que cheguei que me trataram muito bem. Vamos ver como termina o ano e espero ficar aqui bastante tempo". Cristian, por mim DEVES ficar.
Evandro - Grande primeira parte. Foi o grande dinamizador do ataque portista. Nota-se a quilómetros a experiência e calo que tem em jogos como este. Deu uma grande ajuda na batalha de meio campo. Foi o primeiro a ser substituído, não porque estava a jogar mal, mas porque havia a necessidade de mexer na equipa quando ainda estava 0-0.
Casemiro - Lentamente as criticas negativas parecem não querer a companhia do brasileiro. Neste momento parece-me um dos jogadores mais fundamentais da equipa. É de longe o elemento mais combativo da equipa, um jogador que sofre tantas faltas como as que faz. Tem doseado melhor a forma como encara os confrontos individuais, o que lhe tem valido menos cartões. 
Dupla de Centrais - Parece-me inquestionável que Martins Indi é o central com mais categoria do plantel, mas não menos inquestionável é a forma homogénea como a dupla Maicon e Marcano tem jogado. Entendem-se muito bem, compensam as subidas um do outro e neste momento são um muro muito difícil de ultrapassar. Os números não enganam, nos últimos 7 jogos, apenas um golo sofrido.
Adeptos - Mais um jogo onde adeptos e claque portista se fizeram ouvir incansávelmente.



Brahimi - Voltei a não gostar do jogo do Brahimi. Voltou a emperrar o jogo portista sempre na tentativa de fintar 1/2 adversários antes de soltar a bola. Passou para o meio depois da entrada de Quaresma mas isso só fez com que desaparecesse de vez. Foi substituído depois do Porto marcar e quando era preciso dar músculo e mais critério à posse de bola no meio campo.
Fabiano - Num jogo em que o adversário faz 2 remates e nenhum vai à baliza, é imperativo que o nosso guarda-redes esteja 100% assertivo mas não foi o caso. Fabiano pôs a baliza do Porto em perigo em 2 lances por culpa própria, o primeiro saindo mal a um cruzamento que não dá golo do Zé Luis por pouco, e depois largando a bola em novo cruzamento sem qualquer perigo.
Lesão do Jackson - Pelo que se percebeu o colombiano pode ter sofrido uma lesão com alguma gravidade, parando entre 3 e 4 semanas. Não sendo o fim do mundo, é um rombo enorme na equipa. Jackson é o jogador mais imprescindível do plantel, pelo que joga, pelo que marca e pelo que faz jogar.
Jogo de nervos - Não tenho coração para jogos como este, por isso deixo aqui o repto.. Porto, se possível, será que podem começar a resolver os jogos um bocadinho mais cedo?













terça-feira, 3 de março de 2015

Do imparcial Rui Santos, para o imparcial AS.










"El viento sopla a favor del Benfica en Portugal. También el arbitral. Las constantes decisiones beneficiosas para los benfiquistas tienen a los de Jorge Jesus con siete puntos de ventaja sobre el Oporto y un partido más (ayer goleó al Estoril por 6-0), que asiste impotente al habitual ejercicio de errores arbitrales en Portugal. Lo malo es que siempre tienen una misma dirección, sobre todo este curso.
Hay datos para refutarlo. Hasta en trece partidos de los 27 disputados ha jugado el Benfica en superioridad numérica; ocho de ellos, además, durante un tiempo superior a la media hora. Demasiada ventaja con respecto al Oporto. Los de Lopetegui sólo se han visto cuatro veces en esa situación de ventaja, mientras que en otras dos estuvieron en inferioridad.
Ante Moreirense hace una semana volvió a ocurrir. El Benfica remontó un 1-0 con otra rigurosa expulsión de uno de sus rivales. Según el acta, la roja fue por protestar: “¡Pero qué estás diciendo!”. El resultado final (1-3) dejó en nada cualquier atisbo de recortar puntos por parte del Oporto.
La polémica televisiva también refuerza esta teoría. En un conocido programa futbolístico que se edita en Lisboa se analizaron favores y perjuicios del líder benfiquista y del segundo portuense. El veredicto no pudo ser más esclarecedor: al Benfica le han dado cuatro puntos y al Oporto le han quitado otros cuatro. Es decir, el Oporto debería tener un punto más que el conjunto de Lisboa.
Quizá por eso, la prensa de Lisboa tampoco se hace mucho eco del asunto. Los diarios deportivos con más tirada del país (Record y A Bola) son de la capital y no quieren definirse. Tampoco se ve demasiado bien que Lopetegui y su elenco de españoles, hasta siete jugadores en la primera plantilla, más cuerpo técnico y demás, discuta la hegemonía de un Benfica entrenado por un portugués y con más lusos en la plantilla.
Además, hay que recordar que el presidente del Oporto, Pinto da Costa, ya tuvo problemas en el pasado con los dirigentes federativos por rencillas producidas muchas veces como consecuencia de arbitrajes..."

A noticia é do dia 1 de Março, mas só hoje tive acesso a ela. O conhecido Jornal AS noticia um facto que todos os portistas e alguns não-portistas intelectualmente honestos constataram há alguns meses atrás, que este campeonato está a ser completamente desvirtuado pelas equipas de arbitragem em beneficio de uma e só uma equipa, o Benfas. Depois do imparcial comentador desportivo Rui Santos, conhecido pelos constante ataques ao Futebol Clube do Porto, ter proferido no seu habitual espaço televisivo a seguinte frase "Não gosto de ver campeões forjados desta maneira!", chegou a vez do não menos imparcial Jornal AS chegar à mesma conclusão.

Os vermelhos dirão que será um artigo encomendado pelo Porto, aproveitando-se do facto de ter 7 jogadores espanhóis no plantel mais parte da equipa técnica, mas a verdade é que já começa a ser muita gente a falar no mesmo e como se costuma dizer na minha terra, quando parece merda, cheira a merda e sabe a merda, então é porque é mesmo merda.

segunda-feira, 2 de março de 2015

FC Porto 3 vs Sporting 0 - 01.03.2015 - Liga Portuguesa


Estamos na luta, caralho.

Depois da demonstração de força dada pelo Benfas no jogo de sábado contra o Estoril, era obrigatório ganhar e se possível, fazê-lo de forma categórica, para vermelhos perceberem, não só que estamos na luta, mas também que estamos preparados para Capelas, Paixões, e outras quaisquer manobras de diversão que nos tentem desviar do nosso caminho. Ontem foram 3, poderiam ter sido 6, tal a demonstração de força e diferença de qualidade entre as duas equipas. A titulo de curiosidade, o Sporting teve 91% de perdas de bola no seu meio campo, o que revela bem a forma como o Porto sufocava o adversário.

Falou-se durante a semana pré-Clássico, de um possível tridente formado por Quaresma-Brahimi-Tello, a jogar atrás de Jackson, jogando Casemiro e Herrera praticamente lado a lado. Afinal Lopetegui não quis desfazer o seu modelo habitual e jogou pelo seguro, fez entrar Evandro para o lugar do lesionado Óliver, e tudo ficava praticamente na mesma no meio campo, jogando Tello em vez de Quaresma, e Brahimi nas alas. No total, eram 6 as alterações em relação ao jogo do Bessa.

O Porto talvez pensasse que seria um jogo de Champions, porque a partida começou às 19.15h, mas deveriam ser umas 19.45h quando o Porto finalmente começou a jogar à bola. A equipa entrou estranhamente nervosa e a sucessão de passes errados foi-se acumulando, tendo como protagonistas máximos nesse capitulo, o Marcano, Casemiro e Maicon. A partir dos 25 minutos de jogo, a equipa acalmou, assentou o seu futebol e partiu para uma exibição plena de raça, força e categoria, num jogo que só teve o sentido da baliza de Patrício. Aos 30 minutos, Herrera avisou que o golo estava próximo mas infelizmente falhou um golo cantado, depois de um magistral trabalho individual, e logo a seguir o Porto inaugurava o marcador por Tello, depois de um passe pornográfico de Jackson. Estava feito o mais difícil, o Sporting foi obrigado a subir linhas, e o Porto matou o jogo com mais 2 golos, praticamente 2 cópias do primeiro. Marcano ainda teve tempo de mandar uma pedrada de cabeça à barra a acabar o jogo mas estava escrito que a noite era de Tello, um dos jogadores mais criticados pela massa assobiativa portista.

Se eu fosse um portista maldoso e faccioso, diria que ficaram 3 pénaltis por marcar, por mão na área do Sporting do Montero, William e Cédric, mas como não sou, vou apenas dizer que foi uma boa arbitragem do Artur Soares Dias.

Uma curiosidade sobre o Tello, é o facto do espanhol ter sido severamente criticado por ter tatuado um leão no braço esquerdo à uns meses atrás. Deixo aqui a noticia do Jornal Record:



Tello -  O MVP do jogo. Finalmente, finalmente, finalmente. 3 finalmentes para Tello. Tello andou 6 meses a treinar remates à baliza especialmente para o jogo de hoje. Falhou passes, falhou cruzamentos mas na hora da verdade enfiou 3 batatas na baliza de Patrício. Depois de tantas oportunidades falhadas em jogos anteriores em jogadas semelhantes às de ontem, o espanhol foi criminosamente frio na hora da decisão. 3 golos muito parecidos, a aproveitar passes brilhantes para as costas dos defesas, Tello fez jus à sua velocidade. Um grande jogo, de um dos mal-amados da massa assobiativa. O ultimo jogador a marcar um hat-trick ao Sporting, tinha sido António Oliveira, em 1977, num jogo em que ganhamos 4-1, o que revela bem a dimensão do feito de ontem. Vénias para ti, Cristian.
Jackson - Brilhante. O colombiano além de ser um marcador de golos nato, revelou no jogo de ontem uma deliciosa capacidade de passe, ao nível dos melhores 10 do mundo. Voltou a travar uma dura batalha com a defesa leonina, em especial com o Tobias Figueiredo, que fruto da sua enorme capacidade física, nunca deu descanso ao Cha Cha Cha. Foi um jogo completo, mais um, de um moço que vai deixar enormes saudades.
Evandro - O Porto precisava de um jogador que, embora não fizesse esquecer Óliver, um dos indiscutíveis da equipa, minimizasse a sua ausência. Esse jogador é Evandro, um médio completo a defender e atacar, que não consegue jogar mal. Evandro já tem muito andamento de 1ª Liga e isso nota-se na sua postura em campo. Quintero, aprende qualquer coisa com o Evandro, pode ser?
Casemiro - Por muito mal que se fale deste moço, eu gosto dele. É um jogador fundamental nestes jogos em que se anda a levar tanta porrada como a dar. Não é o melhor 6 do mundo, mas é um jogador cada vez mais adaptado à posição.
Herrera - O meu Pachuquinha de estimação. É dos meus jogadores preferidos do plantel. Se vais para a guerra e não queres ser derrotado, tens de levar o Herrera contigo, não há outra hipótese. Podia ter marcado o primeiro da noite num chapéu que saiu demasiado largo, depois de uma jogada em que andou a brincar com a defesa do Sporting. Faz a assistência para o 3º golo do Tello, um aspecto em que se está a revelar "perito" este ano.
Ala direita -  Herrera, Danilo e Tello formaram uma asa esquerda absolutamente destrutiva.


Brahimi - Voltou a fazer um jogo medíocre, muito por culpa da sua forma embrulhada de jogar. Não fez uma jogada digna desse nome, perdeu bolas, não desequilibrou, jogou demasiado tempo para o que estava a fazer em campo. As épocas são feitas de momentos e este não é o momento do Yacine.
Alex Sandro - Pareceu-me desconcentrado durante o jogo todo. Formou com o Brahimi uma ala esquerda amorfa, lenta e sem ideias e não é de admirar que praticamente todo o jogo do Porto tenha sido canalizado pelo lado direito.