Pragmático QB

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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Sorteio da Liga dos Campeões 2015/16

Grupo G, Chelsea, Dínamo Kiev e Maccabi Tel-Aviv, estes são os nossos adversários para a fase de grupos da Liga dos Campeões desta época. Parece-me um grupo relativamente mais complicado do que a ano passado, onde defrontamos o Athletic Bilbau, Bate Borisov e Shakhtar Donetsk. Ao contrário do ano passado onde éramos os favoritos a ganhar o grupo, esta época temos um papel secundário, dado que o poderoso Chelsea será um verdadeiro "osso duro de roer". O FC Porto é a única equipa do grupo que não foi campeã do seu país, dado que o Chelsea ganhou em Inglaterra (8 pontos para o 2º), o Dínamo na Ucrânia (10 pontos para o 2º) e o Maccabi em Israel (6 pontos para o 2º). A Liga dos Campeões é mesmo assim, uma competição onde se defrontam os melhores, e este ano vamos para a guerra contra os 3 melhores dos respectivos 3 países.

Como é normal, o histórico de confrontos varia bastante consoante o adversário. O Maccabi é a equipa mais fácil de esmiuçar, porque desde 1906, a sua data de fundação, nunca nos calhou na rifa. Como curiosidade, dizer que o campeão israelita é presidido por Mitchell Goldhar, um canadiano de de 54 anos, com uma fortuna avaliada em 2 Biliões de dólares. O Maccabi neste momento ocupa a 87ª posição do Ranking UEFA. Na Liga Israelita está em 3º lugar com 1 Jogo e 1V.

O Dínamo de Kiev ou Dynamo Kyiv na língua dos meninos, é um velho adversário. Foi contra estes ucranianos, numa meia-final em 1987 que o Porto conseguiu chegar à final, e bater os poderosos alemães do Bayern Munique. Foram 2 jogos renhidos, ganhos pela margem mínima, 2-1 na 1ª mão nas Antas e 2-1 na 2ª mão em Kiev. No total de confrontos directos, o Porto em 6 jogos tem 4V, 1E e 1D, com a curiosidade dessa mesma derrota ter sido no Dragão por 0-1 em 2008. O Dínamo neste momento ocupa a 31ª posição do Ranking UEFA. Na Liga Ucraniana está em 1º lugar, com 5 jogos e 5V.

E por fim, o nosso querido Chelsea, treinado pelo último treinador campeão europeu no Porto. Apesar do histórico de confrontos ser claramente desfavorável para o Porto, 6 jogos e 1V, 1E e 4D, não é menos verdade que os jogos são normalmente equilibrados. Só perdemos uma vez por mais de 1 golo (3-1), e no total dos 6 jogos, a diferença entre golos marcados e sofridos é 9-5. O Chelsea entrou muito mal no campeonato, e é pena o nosso jogo contra eles ser daqui a 1 mês. O Chelsea é claramente o favorito a ganhar o grupo e é sempre um forte candidato a ganhar a Champions, por isso serão 2 jogos de exigência máxima. Acabamos a fase de grupos em Stanford Bridge, facto que espero não ser decisivo para a passagem aos oitavos-de-final. O Chelsea neste momento ocupa a 4ª posição do Ranking da UEFA e na Liga Inglesa está em 10º lugar, com 3 jogos e 1V, 1E e 1D e a 2ª pior defesa do campeonato.

Na época passada o Porto acabou a fase de grupos com 14 pontos, foram 6 jogos e 4V, 1V e 1E, com um goal-average de 16-4, foi por isso, uma fase praticamente perfeita. Não me parece que o Porto este ano consiga esses mesmo 14 pontos mas óbviamente que acredito na passagem à próxima fase. Será importante ganhar os 3 jogos em casa e fazer o maior número de pontos fora, por isso acredito num total de 10-12 pontos e na passagem aos oitavos-de-final.

O calendário de jogos é o seguinte:


domingo, 23 de agosto de 2015

Maritimo 1 vs FC Porto 1 - 22.08.2015 - Liga Portuguesa

There's something about Madeira.

Estas viagens e resultados na Madeira fazem-me lembrar as relações que os pais têm com os filhos quando estes são pequenos, porque constantemente dizemos "não faças isso senão magoaste", ou " não vás por aí senão cais", e eles cagam nos avisos e fazem-no na mesma, com o desfecho que nós próprio prevemos. Já todo o adepto portista percebeu que os jogos na Ilha Maldita são especialmente complicados, com maior incidência nos últimos anos, e por isso deixamos sempre um alerta à equipa "joguem com raça e garra porque vai ser um jogo muito complicado". A equipa do Porto, tal e qual um miúdo de 3 anos, não deu ouvidos aos pais, e magoou-se.. mais uma vez.

A última vitória nos Barreiros data de 28.04.2012 e foi conseguida com 2 golos sem resposta do incrível Hulk, e e digo incrível por 2 motivos, primeiro pelo próprio Hulk e em depois porque ganhar e marcar na Madeira tem sido algo tão raro como incrível. Desde esta última vitória, há quase 3 anos e meio, temos 5 jogos para todas as competições, 3D e 2E e um goal-average negativo de 6-3 nos golos. Como é fácil perceber, não se pode dizer que o empate de ontem foi surpreendente, ou que a equipa e treinador do Porto tenham sido apanhados de surpresa. Nesta fase da época, com o empate do Zborting e com apenas 2 jornadas decorridas, não há como dizê-lo de outra forma, foi um empate amargo, com sabor a derrota.

Chamem-lhe azar ou aselhice, o facto é que o Porto empatou e também fez muito pouco para que o resultado fosse outro. O Marítimo fez muito pouco durante o jogo todo mas a verdade é que marcou logo aos 5 minutos, e fez o Porto andar atrás do prejuízo (adoro esta expressão) logo a partir do inicio do jogo. O Porto só entrou com 10, porque o Cissokho não sabia que o jogo começava às 20.45h e ficou no balneário a dar os últimos retoques no equipamento, e isso fez com que o Porto sofresse um golo que fica na categoria do amadorismo. Por falar em amadorismo, o que dizer daquele atraso do meio o campo aos 15 minutos, do Herrera para o Casillas? Há remates à baliza que não são feitos com tanta força. Mas adiante, o Porto apesar do golo sofrido, reagiu bem, tomou conta do jogo e mesma não rematando muito, não deu qualquer tipo de hipóteses a possíveis contra-ataques dos madeirenses. Passava pouco da meia hora de jogo, quando Herrera decidiu fuzilar a baliza certa e o empate estava conseguido. O Marítimo só voltou a "assustar" num livre directo a 132 metros da baliza do Casillas. O intervalo chegou e quando se pensava que o Porto assaltaria ao pé armado a baliza de Salin, aconteceu precisamente o contrário, a equipa foi amorfa, desinspirada, inconsequente e os únicos lances de real perigo, chegaram já perto do fim, por Aboubakar e Maxi. O Porto em todo o jogo rematou 9 vezes, contra 8 do Marítimo, embora o Casillas não tenha feito uma única defesa.


Brahimi - O MVP da partida. Fez uma grande 1º parte, muito ao nível do melhor Brahimi da temporada passada. Semeou o pânico (outra expressão que muito aprecio) na defesa insular e não foi por ele que o Porto não marcou mais golos. Esta no lance do golo do Herrera, e faz o cruzamento para a cabeçada do Maxi à barra, pelo meio muito finta e muito adversário ultrapassado. Pré-época e 2 jornadas depois, parece o jogador em melhor forma da equipa.
Maxi - 2 jogos, 2 boas exibições. Ontem foi mais extremo do que defesa e isso fez com que muito do jogo atacante do Marítimo fosse jogado nas suas costas. A raça do costume, a intensidade a que nos habitou desde que chegou a Portugal e uma cabeçada com estrondo na barra que certamente calaria em definitivo os anti-Maximiliano.


Cissokho - Após a saída de Jackson e no primeiro jogo do seu substituto natural, ficamos claramente com a ideia que com Aboubakar a ausência do colombiano seria bastante minimizada. Em sentido oposto e depois da saída de Alex Sandro, Cissokho no seu primeiro jogo a titular, deu a clara impressão que talvez seja necessário ir novamente ao mercado em busca de uma alternativa forte para o lado esquerdo da defesa. O Alex Sandro falhava pouco mas também falhava, mas deixar-se "comer" daquela forma, é algo que me parece muito difícil de acontecer. Um erro primário, amador, infantil.
Imbula - Esqueçamos a valor do passe e concentremos-nos no valor desportivo do francês. Imbula, pelo que demonstrou na pré-época e também com o Guimarães, tem de fazer muito mais do que ontem. Muito pouco mas quem tem mostrado tantos atributos técnicos e físicos.
Bolas paradas - Os indícios deixados no primeiro jogo da época davam a ideia de que algo tinha mudado em relação aos livres e cantos, porque se assistiu a alguns lances bem trabalhados, que vinham contrariar tudo o que se fez na época passada neste aspecto. Ontem tivemos um regresso ao passado. Imbula, Brahimi e Maicon foram alternando na marcação de livres sem qualquer tipo de perigo. Estavam decorridos 25 minutos de jogo e já tinha contado 3 cantos do Varela, todos cortados ao 1º poste. Com  a saída do extremo português, foi Tello a fazer mais do mesmo.
2ª parte - Sofremos um golo aos 5 minutos, fizemos o mais difícil que era empatar ainda na 1ª parte. A 2º parte deveria ter sido completamente diferente do que foi. Cansaço? Talvez, mas 2 ocasiões de golo durante 45 minutos é muito pouco para quem um candidato ao titulo.
Lopetegui - Como é hábito no basco, foi sempre muito interventivo e vimo-lo mais que uma vez a puxar pela equipa quando esta parecia cair no adormecimento mas quer-me parecer que não foi feliz nas substituições. Sei que muitos jogadores na frente, não significa mais oportunidades de golo, mas trocar avançado por avançado aos 80 minutos de jogo, num jogo que está empatado, não foi a atitude mais ambiciosa da carreira do nosso Mister.

Um aparte: Esta foi a centésima posta de pescada aqui no estaminé. Como é óbvio e dado que tenho muito gosto e prazer no que faço, espero e desejo que possam ser muitas mais. A disponibilidade não é muita mas a vontade é gigantesca e por isso enquanto tiver saúde e discernimento para escrever, vou continuar até que os dedos me doam.





quarta-feira, 19 de agosto de 2015

FC Porto 3 vs Guimarães 0 - 15.08.2015 - Liga Portuguesa

A importância de começar bem.

Comecemos por falar um pouco de estatística antes de esmiuçar o Porto - Guimarães do passado sábado. Apesar das tradicionais dificuldades nos jogos na cidade Berço, sempre que visitado pelos vimaranenses, o Porto revela números muito interessantes em confrontos para o campeonato, senão vejamos, em 71 Jogos Oficiais, 56 Vitórias, 12 Empates e apenas 3 derrotas, a última das quais há quase 20 anos. Facilmente se percebe que o Guimarães, apesar de nos fazer a vida negra no Afonso Henriques, torna-se num adversário dócil e muito acessível no Dragão. Este era o nosso 1º jogo oficial, mas o 3º do Guimarães, dado que tinha disputado o playoff da Liga Europa com os austríacos SCR Altach, actual 9º classificado no campeonato lá da terra. Ora bem, o Guimarães foi eliminado no somatório das duas mãos com um score de 6-2, o que expelha bem a sua fragilidade nesta altura da época.

É importante começar a ganhar, sempre foi e sempre será. O Sporting já o tinha feito no dia anterior e era obrigação do Porto fazer o mesmo. Tal como previ na posta de pescada anterior, a equipa titular que iniciou o campeonato foi a esperada, com a excepção de Brahimi, que foi poupado devido aos problemas físicos revelados durante a semana. O golo surgiu cedo, o que permitiu ao Porto gerir bem a partida, exceptuando o inicio da 2ª parte, onde nos deixamos envolver pela maior vontade dos vimaranenses. Fiquei com a ideia clara que há mudanças na forma de jogar da equipa, porque vimos maior verticalidade na procura da baliza adversária, menos "engonhanço", lances estudados (finalmente!), sucessivas faltas no meio campo atacante impossibilitando à nascença possíveis contra-ataques, alternância entre o jogo pelas alas e pelo miolo. Um jogo agradável do Porto, onde a vitória, apesar da boa entrada do Guimarães na 2ª parte, nunca esteve perto de fugir. Foram 3 golos, poderiam ter sido pelos menos mais 5, porque Imbula em 3 ocasiões, Tello e Herrera noutras duas, estiveram muito perto de marcar.

Segue-se o Marítimo na Madeira no próximo sábado às 20.45h, um jogo que infelizmente, dispensa apresentações. Eu sei que será difícil, tu sabes que será difícil, todos os adeptos sabem que será difícil, alguns jogadores sabem que será difícil e espero que o meu caro Lopetegui reveja os jogos do época passada e tenha percebido o quão fodido é jogar no arquipélago. Ainda por cima, como se não bastasse termos de normalmente viajar 2 vezes por ano para a ilha maldita, este ano serão 3 à custa do União.


Aboubakar - MVP do jogo. Declarações à Sporttv no flash-interview: "Agradeço a todo o staff pela confiança. O Porto tem uma equipa nova. Fizemos um bom jogo colectivo. Eu estava um pouco stressado, o mister Lopetegui disse-me para trabalhar durante a semana, deu-me confiança para marcar. Jackson é um atacante que admiro muito. Eu posso fazer o que posso fazer, o que seja importante para a equipa." Este fulano, é sem duvida alguma, um dos meus jogadores preferidos do plantel. É de uma genuinidade enorme, que me faz acreditar que ainda há bons seres humanos. Não o conhecendo pessoalmente, é daquelas pessoas que me cativa incompreensivelmente. À parte deste pequeno desabafo, o menino camaronês pintou a manta, o golo aos 8 minutos libertou-o da pressão e do stress e isso fez com que tenha feito um jogo enorme, muito provavelmente o melhor desde que chegou à invicta. 2 golos, 2 enormes passes para Imbula e Herrera desperdiçarem oportunidades claras, pormenores deliciosos e o abraço ao treinador, e sabe Deus, o quanto eu gosto de ver merdas destas. Num Verão onde se falou tanto de Jackson e da sua saída, que melhor cartão de visita poderíamos ter?
Maxi - 8 anos de Benfica. So what? Who cares? Hoje é do Porto e pelo que deu a entender vai correr tanto ou mais do que fez nos ultimos 8 anos. É estranho vê-lo de azul e branco, mas deixa de ser tão estranho quando o vês fazer quilómetros, comer adversários, dar o litro e fazer 2 brilhantes assistências, a 2ª das quais a não cair na tentação de se fazer ao penálti.
Tello e Varela -  Não jogaram sempre bem, mas jogaram muito tempo bem. Trocavam as idas para a linha, com um jogo interior seguro e isso fez com o seu futebol se tornasse imprevisível. Tello quase marcou e Varela marcou mesmo depois de uma boa jogada com Maxi.
Imbula - A qualidade de Óliver é inquestionável, mas Imbula tem outro tipo de atributos não menos importantes. Enorme poder físico, capacidade de remate e grande facilidade em chegar a zonas de finalização fazem dele uma peça importantíssima no xadrez de Lopetegui.
Danilo - Muito provavelmente o jogador mais parecido com Casemiro que poderíamos ter ido buscar.


Herrera - O patinho feio da massa assobiativa portista. Fez um dos piores jogos desde que vestiu o manto sagrado, mas isso não dá o direito ao adepto de o assobiar a partir dos 15 minutos de jogo. Se consultarmos um dicionário de língua portuguesa e procurarmos a palavra desastroso encontramos o seguinte, 1- Em que existe desastre; 2 - Que provoca desastre, tragédia, calamidade ou catástrofe; 3 - Que possui efeitos negativos ou danosos. O mexicano no sábado foi isto tudo mas isso não invalida que seja um dos meus amores de estimação do plantel portista.













sábado, 15 de agosto de 2015

Ready, Set, Go!























A época 2015/2016 começou ontem mas o maior do mundo só joga hoje, numa batalha contra os guerreiros da cidade Berço. Começam também os nervos, os suores, as unhas ruídas, os insultos a todo e qualquer jogador que erre um passe ou falhe um golo a um pintelho de distancia da linha de baliza e começa também um ano desportivo de se prevê repleto de sucessos. Foi feita uma aposta forte na equipa, em parte pela necessidade directa de compensar as saídas, mas também com o claro objectivo de resgatar algo que nos pertence, o titulo de campeão nacional. Como é normal, estou  com aquele nervoso miudinho característico de cada inicio de época, mas principalmente com "una enorme ilusión" do que poderá ser este campeonato e Champions. 

O Porto mudou a sua politica de compras, é inegável. A aposta em jogadores jovens provenientes na sua maioria da América do Sul foi substituída pela aposta em jogadores experientes, com rodagem de campeonato português e nas melhores ligas europeias, mas também em jovens portugueses que se foram destacando no nosso campeonato nos ultimos anos. No final da época anterior e no que diz respeito unicamente a titulares, saíram 5 jogadores, Fabiano, Danilo, Casemiro, Óliver e Jackson e como é fácil perceber, saiu o núcleo duro da equipa. O Porto não inventou nem fez experiências, atacou o mercado sem dó nem piedade, sustentado em 25 milhões de euros gastos. Saindo Danilo, o Porto foi buscar o 2º melhor lateral direito a jogar em Portugal, Fabiano foi substituído por Casillas, o emprestado Casemiro pelo jovem mas experiente Danilo Pereira, o também emprestado Óliver deu a vez a Imb20la, e o nosso Cha Cha Cha deu o lugar ao controverso Pablo Osvaldo. Teoricamente falando, acredito que ficamos a perder numa posição, o avançado, e ficamos a ganhar noutra, o guarda-redes. O que é certo, é que neste vaivém de mexidas na equipa, o saldo não sendo claramente positivo, também não se pode afirmar que nos tenha sido desfavorável.  

Resumidamente, temos um plantel com muita qualidade e principalmente com muito equilibrio onde o principio básico de 2 jogadores para cada posição está bem patente. Tivemos uma pré-época normal, não foi deslumbrante mas deu para perceber que o modelo poderá sofrer alterações e andar entre o habitual 4-3-3 e 4-4-2, com Bueno a ter um papel importante neste ultimo caso. Seja como for o esquema principal será sempre o 4-3-3 e a equipa titular não deve fugir muito a isto: