Pragmático QB

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domingo, 29 de novembro de 2015

Tondela 0 vs FC Porto 1 - 28.11.2015 - Liga Portuguesa

O que o Maicon deu, Iker tirou.

No Municipal de Aveiro, disputou-se ontem o 1º jogo entre Tondela e Futebol Clube do Porto a contar para todas as competições nacionais. O jogo entre Tondela e Sporting poderia ter servido de aviso para o que aí vinha, depois do golo da vitória leonina ter chegado apenas aos 98 minutos num lance muito polémico, como tantos outros onde os lagartos têm sido protagonistas. Num jogo de ressaca europeia, e onde o termo "ressaca" faz como poucas vezes, tanto sentido, o Porto teve uma vitória conseguida através de um crime do Brahimi, num jogo fraco e sonolento. Manuel Mota, como é seu apanágio, deu nas vistas como tão bem o sabe fazer.

Depois de na passada 4ª feira termos assistido a um dos piores jogos do reinado do Julen, com efeitos praticamente irreversíveis no que diz respeito à continuação na Champions League, ninguém poderia estar à espera de um jogo brilhante. Brilhante seria difícil, mas qualquer jogo entre uma vitória competente e séria e não cinzenta, medíocre e desinteressante, seria no mínimo exigível. Fazendo uma analogia, quando um dia sais de casa e és abordado por meia dúzia de bandidos que sem pedir licença e sem qualquer tipo de explicação, te dão uma mocada e te deixam estendido no passeio, 3/4 dias de cama não chegam para recuperares. Como não podes ficar em casa para sempre, és obrigado a sair, mas mal pões um pé fora da porta do prédio, o teu subconsciente obriga-te a dar uma vista de olhos para ver se não está ninguém à tua espera outra vez. Ora bem, Porto levou no corpo dos bandidos ucranianos, ficou deitado no tapete do Dragão, teve pouco tempo de cama porque o calendário não perdoa, e saiu de casa para a viagem a Aveiro com algum receio e muitas cautelas.

Para o jogo do Tondela, Imbula e Corona ficaram na Invicta, em ambos os casos por decisão de Lopetegui e não por um qualquer problema físico. Com se costuma dizer, "rolaram cabeças". Foram duas mas poderiam ter sido mais, depois da medonha exibição de praticamente toda a equipa no jogo contra o Dinamo. Bueno, depois do bom jogo na taça entrou para onze, para formar o trio de meio campo. Danilo era médio mais recuado e Herrera tentava fazer a ligação entre o espanhol e o português. Uma das criticas feitas a Lopetegui no jogo da Champions, foi a não colocação de André numa das alas a servir de 4º médio, desta vez o colosso Tondela mereceu especial atenção do nosso Mister, que fez alinhar o modelo de jogo que tão bons resultados tinha dado na Europa. O jogo foi lento desde que o Mota deu o mote inicial e só à passagem do minuto 15 é que se viu a primeira jogada de perigo, num atrapalhação entre Herrera e Brahimi, que se anulam mutuamente, não aproveitando o bom cruzamento rasteiro de Maxi. O conforto do meu sofá e o sono ameaçavam atacar, quando Brahimi recebe a bola de Bueno, faz um rodriguinho, mete a bola para o canhoto e disfere um remate em arco, que embora me tenha dado a ideia que ia para a bancada, entrou onde a aranha passa a noite. Golo descomunal, pouco ou nada festejado pelo argelino. Até ao intervalo, o Porto teve 2 boas oportunidades para ampliar a vantagem, 1º por André que vê o remate interceptado depois de comer um defesa, e em cima do intervalo, um tiki-taka portista acaba com um remate de Coolbakar perto do poste. A 2º parte foi mais do mesmo, jogo lento, cinzento e com poucos motivos de interesse. O nosso Mister percebeu isso e mexeu na equipa mas para quem vê a olho nu, foram substituições manhosas e sem aparente lógica que confundiram adeptos e acredito que jogadores também. O Tondela conseguiu assustar Casillas, num contra-ataque rapidíssimo conduzido e concluído por Romário Baldé mas o golpe de teatro estava guardado para o minuto 84, quando Maicon ainda a frio faz penálti. Felizmente o Salva Chamorro borrou-se de medo e permitiu a defesa a Casillas. Entre o que restava do tempo regulamentar e descontos, foram jogados quase 10 minutos sem motivos de interesse. O Porto acabou o jogo com 71% de posse de bola e 12 remates, 4 deles à baliza.


Brahimi - O MVP da partida. Rolaram cabeças nesta convocatória deste jogo mas felizmente a do Yacine não foi uma delas. Fez uma boa primeira parte, culminada com um golo de antologia. Não festejou possivelmente porque tem noção de jogo medonho que fez contra o Dinamo. Continua a ser incompatível com Layún mas desde que pegue na bola e a meta sempre no saco, para mim está tudo bem.
André - Este nunca joga mal, e quem nunca joga mal, tem de jogar sempre. Não fosse o golão do Brahimi e seria sem espinhas o melhor jogador em campo. Fez mais um jogo de luta, intensidade, e esteve perto do golo ainda na 1ª parte. É como tenho dito, é André e mais 10.
Casillas - O ponto alto do Iker desde que chegou à Invicta. Já foi mal batido, já fez boas defesas mas esta deu pontos. Depois daquela coderniz no jogo da Champions, o que melhor poderia acontecer a Casillas do que defender um penálti decisivo?


Herrera - Em primeiro tenho que dizer que sou fã do Hector, sempre fui. Em segundo tenho que dizer que o Hector até a mim já me consegue enervar. Jogou a 2 velocidades, parado e devagar, tão devagar que eu tinha tempo de ir à casa de banho obrar, chegar e ainda o mexicano estava no mesmo sitio. Não me parece que o ex-Pachuca faça mais alguma época no Dragão.
Aboubakar - O nosso menino ainda não regressou dos jogos ao serviço da sua selecção. A bola não chega lá, e ele praticamente não rematou nestes 2 ultimos jogos. Tenho saudades daquele sorriso maroto.
Oportunidades - Imbula não tem jogado puto, Evandro é jeitoso mas não é a ultima bolacha do pacote, Hererra não quer nada com aquilo e Bueno é um híbrido, sobra Sérgio Oliveira que, perante este cenário, já deveria ter tido muitas mais oportunidades a jogar.
Matar o jogo - E marcar o 2º golo a tempo e horas para evitar merda como aconteceu no final do jogo, não?




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