Pragmático QB

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quinta-feira, 8 de março de 2018

A Força do Portista, o Adeus à Europa e o cheiro a caneco.




Considero-me um portista com “P” enorme e quem me conhece minimamente questiona e estranha o facto de eu, um apaixonado do futebol em geral e do Futebol Clube do Porto em particular, raramente ir ao Estádio ver os jogos. A última vez que entrei no Dragão foi no dia 23 de Setembro de 2011, num jogo contra “a equipa que não podemos dizer o nome” e ainda por cima num clássico que acabou com um empate. Nem sempre fui assim, tanto que cheguei a ir algumas vezes sozinho às Antas, com boas e más memórias, nomeadamente quando fomos eliminados pela Sampdoria do Zenga, do Mancini e do Lombardo, na Taça das Taças de 1995, depois de termos ganho a 1ª mão no Luiigi Ferraris, com um golo do russo Yuran. Algumas más experiências dentro e fora do estádio, foram fazendo com que o meu gosto pelo futebol ao vivo, fosse lentamente sendo trocado pelo gosto pelo futebol no sofá de casa.

Nestas últimas semanas, este portismo, exacerbadamente interior, foi sendo beliscado pelo que tem acontecido, não só no Dragão, mas um pouco por Portugal inteiro e por essa Europa fora. Ver as imagens dos Portistas na casa da Juventus, do Mónaco, ou do Liverpool, não deixam ninguém indiferente, nem mesmo o maior Portista de sofá do mundo. Admito que senti inveja, senti pena de não ter estado lá, no meio deles, junto aos da minha cor. O que se tem assistido esta época, em termos de apoio à equipa, é o que me faz ter vontade de sair de casa, levantar o “cagueiro” do sofá, e ir para o meio dos meus camaradas, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, faça sol ou faça chuva. Vénias a todos os Portista, que tanto têm feito para começarmos a ganhar os jogos nas bancadas, de tudo o que é estádio. 

A despedida da Europa esta época aconteceu em Anfield. A época passada foi no Juventus Stadium. Em 2015/16 não passamos a fase de grupos mas em 2014/15 saímos da Europa, vergados com uma pesada derrota na Allianz Arena do Bayern. De uma coisa não nos podem acusar nestes últimos anos, sim, temos sido eliminados, mas sempre em grandes palcos, com grandes ambientes. Tinha dito a um amigo em jeito de confidência, que não me importava que o Mister Sérgio mudasse bastante a equipa, mesmo correndo o risco de “levar na boca” novamente, desde que fossemos a Paços de Ferreira ganhar. Em Anfield foram poupados alguns dos jogadores mais utilizados, não fomos atropelados, equipa e adeptos voltaram a solidificar o portismo que nos une, ficando a faltar os 3 pontos na Capital do Móvel. 

Para concluir, e tal como no famoso jogo “Mortal Kombat”, era fundamental aplicar um Fatality no Sporting na passada 6ª feira. Primeiro para manter a distância da manita pontual para a “equipa que não podemos dizer o nome”, e depois para arrumar de vez com um dos candidatos ao titulo. Objectivo cumprido, nem que para isso tenha sido preciso uma enorme dose de espirito de equipa, pragmatismo e sorte. Não querendo lançar os foguetes antes da festa, começa a ser difícil não sonhar com o caneco, não me imaginar a beber uma cuca nos Aliados, acompanhado pela mulher e filha, no meio dos meus camaradas portistas, com a cidade e o País pintados de azul e branco. Cheira bem, cheira a caneco.

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