Pragmático QB

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sábado, 4 de novembro de 2023

Triste como a noite.

 











Embora adore escrever sobre futebol, não o faço há mais ou menos 5 anos. Em parte, porque a disponibilidade não é a mesma, mas também porque o amor à modalidade tem vindo a diminuir drasticamente ao longo dos últimos anos. Desportos como o rugby e principalmente o ciclismo, ganharam rapidamente espaço no meu universo desportivo. 


Escrevo hoje, depois de uma derrota do meu Porto. Futebol Clube do Porto que eu amo e vejo sempre como um filho, por muitos erros que cometa, será sempre meu filho, será sempre o meu grande amor.  O meu Porto é liderado pelo maior dirigente desportivo a nível mundial, goste-se ou não, é um personagem que nos colocou na ribalta do futebol nacional e internacional. Não conheci outro Presidente a não ser Pinto da Costa. Sou-lhe grato e agradeço-lhe tudo o que fez para transformar o meu Porto, numa das grandes potências desportivas a nível mundial.


Posto isto, a verdade é uma e uma só, actualmente, não me revejo no meu clube, não me revejo nos seus dirigentes, e vou-me revendo no meu treinador, porque apesar de todos os erros que comete, e não são poucos, é alguém que ama o clube acima de qualquer interesse financeiro. O sentimento como diria o outro, anda perto do, "por mim, será Sérgio Conceição Forever". 


Ao longo dos últimos 7 anos, o Sérgio tem feito uns belos cozinhados, com poucos ingredientes. É tipo aqueles bolos só com 2 ingredientes mas que ficam muito bons. Não digo que tenha feito milagres, porque isso levaria-nos para uma dimensão mais esotérica, que nada tem a ver com futebol. Por muita razão que o Sérgio possa ter tido ao longo das últimas 6 épocas, não me parece que  tenha este ano. O Porto contratou muito e bem, formou um plantel equilibrado como muito provavelmente, o Sérgio nunca teve. Esta época não consigo aceitar a velha máxima de "fazer omeletes sem ovos". O futebol praticado, tem sido miserável, semana após semana. O Sérgio pode dizer que a culpa é do médico, do roupeiro, do tratador de relva, do admistrador, do árbitro, do jogador adversário que perdeu tempo, do treinador rival que veio "jogar ao ataque, fechadinho lá atrás". O Sérgio pode dizer o que quiser, e não duvido que esteja mais certo do que errado, mas é ele o treinador, é ele que diariamente cria jogadas, fruto da sua formação e experiência, que nos colocam mais perto de vencer jogos. Neste momento, é deprimente a forma como marcamos cantos, marcamos livres, saímos a jogar a partir do Diogo, em suma, praticamos um futebol semelhante a uma mão cheia de nada. Para quem gosta de futebol, é doloroso ver jogos do Porto, é doloroso ver um conjunto de jogadores, que por muita qualidade que possam ter, raramente fazem uma.jogada que faça com que o comum adepto perceba imediatamente que foi estudada, foi treinada, foi um trabalho de treino posto em prática no jogo. Quando jogas mal, estás sempre mais perto de perder, não é preciso um curso para saber isso.


Não sou negativista, nem profeta da desgraça, mas custa-me ver um luz ao fundo do túnel, para o que resta da época. Desejo estar enganado, sou imensamente Portista e quero ganhar, sempre e sempre, mas não estou a ver como esta época. 


Este foi um desabafo sentido e honesto depois de uma derrota (justa) em casa contra o último classificado do campeonato. 

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