Depois de um jogo como este, fico muito bem sem saber o que dizer que seja diferente das ultimas semanas, em primeiro lugar porque não gosto de me repetir e em segundo porque a vontade não é muita. Quando, tal como hoje, o jogo acaba e não fico "de trombas", é por alguma coisa não está bem e não gosto nada deste comodismo porque não cresci assim. Tenho ouvido nas ultimas semanas frases do género "ah e tal, tens de lhe dar tempo..", e fico a pensar, "tempo"? Será que em algum momento desde que chegou ao Porto, o Paulo Fonseca percebeu em que clube está? Quais os nossos objectivos? Qual a nossa forma de estar no futebol? Que tipo de exigência, nós adeptos, temos? Eu, muito honestamente, não só acho que não agora como duvido que alguma vez venha a perceber!
Sobre o jogo, pouco há a dizer a não ser que foi uma derrota justíssima. O Marítimo, tal como à poucos dias atrás para a Taça da Liga (pelos vistos a equipa não aprendeu nada com esse jogo), conseguiu controlar o Porto sem grandes esforços, sem grandes sobressaltos, sem se chatear muito. Depois de provocarmos um penalti infantil, pura e simplesmente não tivemos arte, raça, e porque não sorte, para dar a volta ao resultado. O nosso meio campo continua-me a preocupar muito porque estamos em Fevereiro e continua uma anarquia táctica, dando a clara ideia que ainda não perceberam muito bem o que fazer e onde o fazer. Mas claro, a culpa deste resultado negativo é segundo o Paulo, o relvado.
Que tipo de bipolaridade tem o Varela? Como é se se vai do 80 ao 8 de uma semana para a outra? Hoje foi 0, aliás, duvido muito que tenha viajado para a Madeira. Gostei muito do Jackson, que se tem revelado um Gladiador, luta e corre o jogo todo, mas obviamente se a equipa não está bem, isso reflecte-se muito no seu jogo. O melhor do Porto foi o Quaresma, e para mim é preocupante a necessidade que a equipa tem de um jogador que está cá apenas há um mês. Do lado do Marítimo destaco positivamente o Derley, grande jogador, e negativamente o anti-jogo, principalmente na segunda parte com muitas paragens devido às "lesões".
Em jeito de conclusão, tenho a esperança que o Paulo tenha a seriedade e humildade de na chegada ao Porto, apresentar a demissão. Já todos nós percebemos que o Presidente por teimosia ou outro qualquer factor que nos escapa, não o vai fazer, por isso espero que seja o treinador a fazê-lo porque já toda a nação portista percebeu que o homem, por muito boa gente que seja, e honestamente acredito que o seja, não tem "unhas para tocar esta guitarra".
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