Pragmático QB

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

FC Porto 5 vs Rio Ave 0 - 30.11.2014 - Liga Portuguesa


Uma vitória cansada!

Apesar do resultado gordo com números de goleada, o jogo não foi assim tão fácil como dá a entender à primeira vista. Se me é permitido, dividiria este jogo em 4 partes em vez das habituais 2 porque o jogo teve 4 momentos distintos uns dos outros. A equipa do Porto num primeiro momento entrou a todo gaz com vontade de arrumar a questão nos primeiros 25 minutos, praticando um futebol brilhante a roçar o que de melhor se fez esta época mas sem conseguir marcar (e não faltaram oportunidades para isso). O segundo momento acontece após esta primeira euforia futebolística e durou até ao intervalo e neste período o Porto tirou o pé do acelerador, o seu futebol tornou-se mais mastigado e o nulo no final dos primeiros 45 minutos premiavam a boa teia defensiva lançada pela equipa de Vila do Conde. A segunda parte começa com o excelente golo do Tello, que aliando técnica e velocidade deixou o defesa para trás e rematou de pé esquerdo para a baliza de Cássio. Quando se pensava que este golo acordaria novamente a equipa, aconteceu o inverso, toda a equipa adormeceu, deixou o Rio Ave ganhar terreno e criar perigo na baliza do Fabiano, que até agradeceu porque tinha passado toda a primeira parte sozinho ao frio. Esta apatia resume o terceiro momento do jogo e durou até ao minuto 75, altura em que o nosso Luchador Colombiano marca o segundo golo do Porto, matando o atrevimento do Rio Ave. A quarta parte da partida começa no golo do Jackson e durou até ao apito final, havendo pelo meio mais 3 belos golos. Apesar da manita, o jogo foi muito complicado e pode-se dizer que o resultado é exagerado. Foi talvez o primeiro jogo onde se notou um cansaço generalizado porque toda a equipa sentiu na pele o facto de andar a jogar de 3 em 3 dias. Foi também um excelente jogo para aquela malta que gosta de sair 5/10 minutos mais cedo para fugir ao trânsito ou apanhar o metro.






Danilo - O melhor em campo. Atravessa um momento de forma absolutamente extraordinário. Um grande golo, muitos quilómetros percorridos, um jogo pleno  de força e raça. Será justo dizer que neste momento é o "jogador mais à Porto" do plantel. O número 2 que já pertenceu a jogadores como João Pinto, Jorge Costa ou Bruno Alves, encaixa-lhe que nem uma luva.

Tello - Desatou o nó no primeiro golo da equipa e no seu primeiro golo no campeonato numa jogada onde aliou técnica e velocidade, as suas principais características. Esteve brilhante no inicio do jogo destruindo os rins dos 2 defesas laterais do Rio Ave.

Óliver - Um relógio suíço com pilhas que nunca precisam de ser substituídas. Trabalha e corre quilómetros sempre em função da equipa fazendo tudo aquilo que é preciso para que o todo funcione. Tal como no jogo contra o Estoril, revelou uma frieza assinalável na hora de encarar o guarda-redes adversário.

Jackson - A nota seria negativa caso o colombiano não tivesse marcado. O golo foi aos 75 minutos e nos anteriores 74, o Jackson não esteve ao seu nível, revelando lentidão e cansaço, factores que acabam por ser normais num jogador que tem sido titular em todas as partidas. Marcou o seu 8º golo no campeonato e 15º da época.






Casemiro - Apesar de perfeitamente adaptado à posição, voltou a cometer algumas faltas, alguma delas perigosas e numa delas viu o 4º amarelo, que o deixa a 1 de ficar um jogo na bancada. É uma situação delicada estando o jogo com o Benfica à porta.

Herrera - O ex-Pachuca provou que não é um alien, e nesse sentido mostrou algum do seu lado humano fazendo um jogo cansado e apagado.

Brahimi - Outro que provou que é humano e que infelizmente também joga mal de quando em vez. O argelino fez o pior jogo desde que chegou ao Porto e a sua substituição foi tão natural que ninguém assobiou. O mágico teve um dia mau, nada mais.














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